História Indígena

Disciplina USP: Ensino de História - Teoria e Prática (FFLCH - HISTÓRIA - USP)
Docente responsável: Prof. Antonia Terra
Aluno (a): Alunos da disciplina de Ensino de História: teoria e prática do 2o. semestre de 2008, FFLCH - História, USP.
 

 

 

Proposta de confrontação de pontos de vista sobre a história indígena, a partir de trechos e idéias de livros e materiais didáticos.

A proposta aos alunos de graduação: tema, objetivo e material

 

A professora Antonia Terra propôs a seus alunos de graduação, no ano de 2008, que pensassem em uma sugestão de material didática para se estudar com os alunos a diversidade de explicações históricas e suas controvérsias, a partir da seguinte idéia de "controvérsia": "controvérsia é o antagonismo ou o conflito entre interpretações oferecidas por autores diferentes para um mesmo tema histórico".

 

O objetivo da proposta era debater com os alunos uma CONTROVÉRSIA HISTÓRICA, confrontando interpretações ou explicações distintas de um tema histórico presente em diferentes livros didáticos. O material utilizado seriam textos, imagens, tabelas e etc., encontrados em livros didáticos e relacionados a um tema histórico previamente escolhido pelo grupo de trabalho.

 

 

O material produzido

Tema histórico:

 

História Indígena

Estratégias pedagógicas a temática indígena e o trabalho em sala de aula

Autor: Marcel Lopes

Docente responsável: Antonia Terra de Calazans Fernandes

 

Trata-se de duas propostas didáticas com o objetivo de pensar a temática indígena na história de São Paulo, a partir da fotografias, da pintura e da análise de monumentos presentes na cidade.

"Anhangabaú, Itaquera, Mandaqui, Pirituba, Sapopemba, Tremembé - a sonoridade de uma memória tupi está inscrita em todos os cantos da Cidade de São Paulo, fazendo parte do dia-a-dia dos milhões de habitantes que raramente param para refletir sobre as origens indígenas desta grande metrópole" (John Manuel Monteiro)

 

Estratégias pedagógicas: a Temática Indígena e o Trabalho em Sala de Aula

     Para auxiliar o docente com propostas concretas que facilitem sua ação pedagógica, apresentamos a seguir sugestões a partir das quais os professores poderão fazer adaptações, criar novos caminhos e ampliar seu repertório de ferramentas para a ação.

Proposta A

1)     Na seção História do Site (http://www.culturaguarani.com.br/historia.html), há um relato sobre a formação das aldeias Krukutu e Tamboré Porá, em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. Popronha aos alunos a leitura e os seguintes questionamentos: -Qual a diferença entre a história relatada pelos indígenas e a história do índio presente nos livros didáticos e nos meios de comunicação? É importante lembrar que a ocupação da área pelos povos indígenas é recente, o que pode servir para a desconstrução da imagem do índio como estando inserido apenas no passado. Além disso, existem questões sociais envolvidas - os índios, imigrantes, estão na estrada vendendo seu artesanato. Existem também a questão do intercâmbio cultural, quando eles relatam que os primeiros ocupantes da área que originou as aldeias foram acolhidos por um senhor de origem nipônica, onde pode-se construir a imagem do índio isolado. -Quais as palavras de origem tupi-guarani que eles usam no relato? Qual o significado dessas palavras?

O Transporte público no Ensino de História

Sequência didática
Uma História para cidade de São Paulo: Um desafio pedagógico
Transportes Públicos da cidade de São Paulo:
“História do Passado e do Presente”
Aluno: André de Pina Moreira
Professora: Dra. Antonia Terra de Calazans Fernandes
Departamento de História
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
Universidade de São Paulo
São Paulo, 08 de Dezembro de 2013

 

Introdução: O Transporte público no Ensino de História


“As intenções educativas, isto é, aquilo que se pretende conseguir dos cidadãos mais jovens da sociedade, são reflexo da concepção social do ensino e, portanto, consequência da posição ideológica da qual se parte. Essas intenções ou propósitos educativos, explicitados ou não, determinam a importância daquilo que é relevante para os alunos aprenderem.” 1
(Antoni Zabala)


O que ensinar? Como ensinar? O que se pretende ao falar dos Bandeirantes? Revolução Constitucionalista? Ou quando se recorre aos jesuítas para explicar a fundação de São Paulo? Seguir estritamente os materiais didáticos, com seus temas já a muito consolidados, e as praticas tradicionais de ensino ou inovar e propor algo um pouco diferente aos alunos? Estas são questões pertinentes e vivamente presentes no dia-a-dia dos professores. Para nós, estas foram essenciais como ponto de partida e para estabelecer o tema desta sequência didática.


A decisão de trabalhar “Os transportes públicos da cidade de São Paulo” é fruto da nossa posição ante as diversas faces do Ensino e concepções do que é História. A partir daí, buscamos trazer para sala de aula um tema que se constitua realidade cotidiana dos alunos, assim como da maior parte dos outros cidadãos brasileiros. Pautamos, portanto, em uma abordagem histórica que tivesse sempre em conta as questões do “nosso próprio tempo”, principalmente aquelas essenciais à formação de cidadãos críticos e participativos. Em ultima instância, o que está colocado aqui é a necessidade de fazer emergir também o presente como aspecto importante da pesquisa e ensino da História, visando especialmente o reconhecimento por parte dos alunos de suas posições como agentes e sujeitos históricos.


As manifestações de Junho de 2013, ocorridas por todo Brasil, foi o maior incentivo para este trabalho. Identificadas no seu inicio como movimento de denuncia dos inúmeros problemas encontrados no sistema de transporte público, notadamente em oposição ao abusivo preço das tarifas, tornou se assunto obrigatório de rodas de amigos, meios de comunicações, debates

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1 ZABALA, Antoni. “Os enfoques didáticos”, in: COLL, César; MARTÍN, Elena; Et. Al (Orgs.). O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo: Editora Ática, 1996, p. 161.