A imprensa na ditadura militar: atuação da grande imprensa comercial e da imprensa de resistência e desconstrução de mitos homogeneizantes

Júlia de Macedo Rabahie - Nº USP 7199328

Ensino de História – Noturno

Professora Antônia Terra

Sequência Didática

 

A imprensa na ditadura militar: atuação da grande imprensa comercial e da imprensa de resistência e desconstrução de mitos homogeneizantes

Introdução

Estudar a história da imprensa no regime militar é estudar uma importante forma de expressão e manifestação de ideias produzidas e publicadas – ou censuradas – naquele contexto específico de Brasil vivido pelo país durante os 21 anos de regime de exceção. A imprensa de então não pode ser considerada como um bloco homogêneo que agia e reagia da mesma forma às pressões e demandas do regime militar. Publicações da chamada grande imprensa comercial, que já existiam quando culminou o golpe de1964, e mesmo aquelas que surgiram depois, como a revista Veja, em 1968, tiveram atuações e papeis distintos daqueles exercidos pela imprensa que será chamada aqui, nesta sequência didática, de imprensa de resistência.

Outras denominações, como imprensa de esquerda, imprensa nanica, ou até mesmo panfletária, são comumente dadas às publicações que surgiram com o principal propósito de fazer um contraponto ao tipo de informação propagado pela grande imprensa, e, de maneira mais ampla, fazer oposição às contradições sociais, políticas, econômicas e culturais produzidas pela ditadura militar. Estudar a imprensa “nanica” deste período é essencial para que alunos do ensino médio que comumente já têm maior proximidade e contato com temas como a censura praticada neste período, pelos militares, de forma geral - e principalmente como as publicações maiores lidavam com esta prática - tenham contato com outras experiências e possibilidades que foram vividas pela imprensa neste período.

Nanicas ou não, estas publicações tiveram importante atuação no movimento de resistência contra ditadura, de forma inovadora no campo dos meios de comunicação. De baixo para cima, sem o apoio de patrocinadores e recursos que outras publicações dispunham, a imprensa de resistência se fez notar e alcançou uma circulação grande, além de propor debates até então nunca propostos pela mídia. É importante que os alunos tomem contato com este tipo de experiência que representa uma alternativa às conjunturas impostas pelo mercado editorial, e, mais especificamente, pela ditadura militar então em vigência no país.

 

Moradia - vida nas favelas

Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de História
Disciplina: Uma História para a cidade de São Paulo- Um desafio pedagógico FLH0425
Docente: Profa. Dra. Antonia Terra Calazans
Discente: Cristiane Paiva n. Usp: 3745149
 
Sequencia didática: segregação/ favelas/moradia
São Paulo, 14 de dezembro de 2016
 
 
 
Tema: Moradia - vida nas favelas
 
O processo de urbanização das cidades brasileiras a partir do século XX alterou de forma significativa a ocupação do território, principalmente na cidade de São Paulo. Os processos migratórios de áreas rurais para as cidades, onde a oportunidade de emprego colocou-se como uma questão assim como, o acesso aos equipamentos estruturais, fizeram com que a partir da de década de 1940 ocorresse a superpopulação da cidade de São Paulo sem qualquer planejamento social para abrigar as populações empobrecidas. A construção de favelas foi a maneira encontrada por essas populações para se acomodarem na cidade frente a neglicência estatal, o alto custo dos aluguéis e a especulação imobiliária.
 
O processo de urbanização portanto, ocorreu frente a uma crescente desigualdade social em que a progressiva marginalização e expulsão dos pobres dos grandes centros em direção a áreas periféricas da cidade de São Paulo.
 
 
 
Justificativa:
A questão da moradia na cidade de São Paulo desde sua urbanização tem se colocado com um grande problema. Cotidianamente escutamos notícias nos mais diversos meios de comunicação sobre a precariedade e/ou a completa falta de moradia na cidade. Segundo dados da prefeitura municipal de São Paulo o número de pessoas em situação de rua chegou em 2015 a 7335 pessoas. Além disso, a cidade vive uma situação de emergência habitacional com um déficit de 230 mil moradias, segundo Raquel Rolnik, urbanista e ex-relatora das Naçöes Unidas.
 
Diante desse quadro observamos também o processo de gentrificação, processo pelo qual determinadas áreas da cidade são valorizadas e as populações mais pobres são expulsas e/ou banidas desses lugares por não poderem pagar alugueis abusivos ou praticarem atividades comerciais que dependem do espaço público.
 
Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 68 anos em 2016, o direito a moradia digna está previsto desde o segundo pós II Guerra Mundial. Portanto, ao nos debruçarmos sobre a questão da moradia além pensarmos sobre questões do mundo contemporâneo estamos também fazendo uma investigação sobre a violação de direitos dos habitantes da cidade e por que não da sociedade brasileira.
 
 

Fotografia e música retratando São Paulo

Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de História
Uma História da cidade de São Paulo
Prof. Antônia Terra
2º Semestre de 2013
Sequência didática
“Fotografia e Música retratando São Paulo”
José Luiz Ferreira Neto
Nº USP: 8577012
 
 
 

Tema: Fotografia e Música retratando São Paulo.

 

Justificativa: A fotografia ajudou de forma fundamental o trabalho do historiador. Ela surge como uma revolução. Poder guardar a imagem de uma época é uma janela incrível que se abriu no século XIX. Mais do que isso, ela é uma fonte de expressão, assim como a música, já que há, em ambas, o autor, o porquê ele a está fazendo e o contexto inserido.

A cidade de São Paulo foi musa de vários artistas, que retrataram-na das mais variadas formas. Exerceremos, então, um trabalho de reflexão e comparação entre estas duas artes: Música e Fotografia.

Objetivo: Discutir e debater, com alunos do ensino fundamental e médio, as diversas formas que São Paulo foi retratada. Compará-las entre si e estabelecer as semelhanças e diferenças entre ambas. O objetivo principal é transmitir as visões dos artistas para os alunos pelo viés fotográfico e musical, distanciando-se parcialmente dos métodos mais ortodoxos e não tão eficazes de ensino. A aula certamente será rica em interpretações, dinâmica.

 

Dinâmica da aula: A turma será dividida em grupos, o que possibilitará uma maior reflexão e discussão dos temas. Recomendo o uso de um aparelho de som e se possível um Datashow, ou algum outro instrumento que possa mostrar as fotografias de forma clara para que todos os alunos possam ver. O curso será dividido em três sessões, também divididas, que poderão abranger a quantidade de aulas de acordo com as possibilidades.