Holocausto e Representação do Passado

Universidade de São Paulo 
Faculdade de Educação
Disciplina: Ensino de História – Teoria  e Prática
Professora Antonia Terra Calazans
Aluno Lucas Mello Neiva – n USP 433568

 

Sequência 1
Sequência Didática – Holocausto e Representação do Passado

 

          A seqüência foi pensada segundo condições ideais de aula, considerando, entre outras coisas, que o professor tem acesso a um projetor e que os alunos poderão ter lido o livro Maus. Se tais condições não forem possíveis, modificações podem ser feitas.

 

          Tema: Holocausto, Representação do Passado
          Objetivo: Trabalhar, principalmente através da análise de imagens (quadrinhos, propagandas, fotos), filmes e textos o que foi o Holocausto, problematizando simultaneamente, a memória e a História como representações do passado.
          Duração: Quatro aulas, contendo cada aula uma atividade. Pode ser necessário aumentar o número de aulas dependendo do ritmo das mesmas e devido à exibição de um filme inteiro.

 

Tietê, o rio teimoso de São Paulo

Universidade de São Paulo - Departamento de História - Segundo semestre de 2016

Aluno: Caio Fabiano Lopes do Valle Souza

Disciplina: Uma história para a cidade de São Paulo: um desafio pedagógico (FLH0425)

Docente responsável: Prof.ª Dr.ª Antonia Terra de Calazans Fernandes
 

 

Proposta pedagógica

Tema: Tietê, o rio teimoso de São Paulo

 


Justificativa:


Neste início de século 21, a maioria dos moradores de São Paulo vive apartada dos rios da cidade. A canalização, o enterramento e a poluição dos cursos d’água que cortam a metrópole os tornou insalubres e degradados, afastando a população de sua presença. Dramaticamente, eles só costumam adentrar o dia a dia das pessoas em situações extremas, quando há enchentes ou o desabamento de habitações irregulares em seu entorno. No entanto, essa relação nem sempre foi assim, hostil e distante. Ao contrário: o que muita gente mais jovem desconhece é o fato de que durante a maior parte da sua história, as várzeas, as margens e o leito dos rios paulistanos foram bastante usufruídos pelos habitantes do município.
 

O próprio rio Tietê, o grande símbolo da deterioração a que foram submetidos os meios fluviais nas últimas décadas, garantiu a sobrevivência e o lazer de muita gente até não muito tempo atrás. Imaginar que as pessoas pescavam, nadavam, navegavam e brincavam no trecho urbano do Tietê nos faz pensar sobre a forma com que escolhemos planejar a cidade, priorizando a motorização e o amplo descarte de detritos nos meios aquáticos, bem como uma divisão fundiária que empurra as camadas pobres para bairros distantes do centro.


Com esta proposta pedagógica, pretendemos estimular a reflexão dos alunos, em especial os do primeiro ano do Ensino Médio, sobre a sua relação com os rios e outros recursos naturais da cidade. Ela poderia ser diferente? Em caso afirmativo, de que maneira nos reapropriarmos do que já é nosso? Acreditamos que a história tem um papel fundamental no sentido de fornecer um novo entendimento acerca das potencialidades dos rios e das matas que existem no interior da capital paulista. Afinal, o conhecimento histórico nos permite entrever alternativas reais ao usufruto que na atualidade dispensamos a nascentes, córregos, rios, matas ciliares, à flora e à fauna urbanas, colocando em xeque o hábito que temos de enxergá-los em contraposição à vida em uma metrópole. A separação que fazemos entre “urbano” e “natural” nem sempre foi assim tão evidente e, muitas vezes, esses dois aspectos de vivência existiram de modo interdependente.