A ditadura e a questão agrária: O Estatuto da Terra e as lutas no campo.

Universidade de São Paulo – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Aluno: Rafael Barbosa da Silva n. USP: 3717057
Disciplina: Ensino de História: Teoria e Prática – vespertino
Prof.ª Antônia Terra
 

 

Introdução:


      Presente já nas Reformas de Base, propostas pelo presidente João Goulart antes do golpe civil/militar
de 1964, a reforma agrária é ainda uma das grandes questões políticas do Brasil contemporâneo. Quase
cinquenta anos após a publicação do Estatuto da Terra (Lei Nº 4.504, de 30 de novembro de 1964), muitas
leis em relação à ocupação de áreas devolutas ainda não saíram do papel. A ditadura foi responsável por
sufocar duramente os movimentos sociais do campo, em especial a luta das Ligas Camponesas. Porém, tais
movimentos ressurgiram com muita força na década de 80 e 90, sobretudo na figura do MST, Movimento dos
Trabalhadores sem Terra.

 

Do vermelho ao negro: Uma sequência didática em três atos

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas

DO VERMELHO AO NEGRO Uma sequência didática em três atos

São Paulo

Outubro

2014

Arthur Major de Sousa – NºUSP 7618377 e Pedro Stapf de Souza – NºUSP 7619301

DO VERMELHO AO NEGRO Uma sequência didática em três atos

Sequência didática apresentada à Profª Drª Antonia Terra para o curso de Ensino de História: teoria e prática.

 

 

 

 

Do Vermelho ao Negro

 

Uma sequência didática em três atos

 

 

 

 

Introdução

 

 

 

Há 50 anos do Golpe que depôs Jango, instaurando um Estado de Sítio e uma sucessão de governos militares que abortaram a agenda de reformas sociais e solaparam as liberdades individuais e de manifestação política, nos deparamos com o convite de propor uma sequência didática cujo pano de fundo é a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). O momento é propício. Não apenas em função da data histórica, mas também pela instauração da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a partir da lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2011, que visa abrir os arquivos e apurar as violações aos Direitos Humanos cometidas nesse período. A despeito das inúmeras falhas da CNV - em não quebrar o sigilo do alto escalão do exército, não propor uma revisão da Lei da Anistia de 1979 e nem punir os crimes praticados pelo Estado brasileiro e por agentes desse durante os governos militares, à exemplo de outras nações latino-americanas como a Argentina e o Chile - ela iniciou um debate muito importante na sociedade brasileira sobre verdade, memória e justiça, que precisa ser inserido na sala de aula.

 

O espaço para tanto seria as aulas de História do Brasil, no entanto encontramos uma série de dificuldades para abordar esse tema. Como aponta Circe Bittencourt1, a História do Brasil atualmente se encontra diluída nos materiais didáticos na chamada “História Integrada” e sua dinâmica interna não raro é reduzida a um produto de processos exógenos, superiores e inexoráveis que determinam nossa trajetória. Neste atual modelo, onde a História dita “Geral” se sobrepõe em importância e quantidade à História nacional nos manuais didáticos, falta espaço na diminuta carga horária da disciplina para a História do Brasil Contemporâneo, em especial do período

 

 

 

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1 BITTENCOURT, Circe. “Identidade nacional e ensino de História do Brasil” em KARNAL, Leandro

(org.). Hisria na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Editora Contexto, 2003.

 

O avesso da Metrópole: Espacialidade e resistência das classes populares na Várzea do Carmo

Aluno (a): Maíra Carvalho de Moraes
Docente responsável: Antônia Terra

Disciplina USP: Uma História para a cidade de São Paulo: Desafios pedagógicos
 

 

 

     Objetivo

 

     O presente projeto didático pretende oferecer aos docentes uma nova possibilidade para o ensino de História de São Paulo. Apesar do grande número de trabalhos e pesquisas sobre a transformação espacial, econômica, política e social da cidade, infelizmente, no ambiente escolar, são pouco divulgadas as produções acadêmicas que estudam as classes populares. De maneira geral, livros didáticos promovem uma história de São Paulo, de fins do século XIX e início do XX, baseada na transformação da cidade provinciana em metrópole através da ação do capital. Focando apenas na ação da elite cafeeira. Nesse espaço de tempo ocorrem as remodelações do espaço físico da cidade a fim de que a cidade ingresse no eixo das cidades modernas e civilizadas, tendo como modelo as cidades européias como Paris, por exemplo.