São Paulo: padrões de segregação socioespacial
Autor: Eduardo Gomes de Souza
Escola: EMEF Pres. João Pinheiro
Público alvo: Alunos de 8º e 9º anos
Disciplinas: História, Língua Portuguesa e geografia
Duração: 18 aulas
“O urbanismo é a tomada do meio ambiente natural e humano pelo capitalismo que,
ao desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta, refaz a totalidade
do espaço como seu próprio cenário” (A sociedade do espetáculo, Guy Debord)
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Introdução
Diversas áreas das Ciências Humanas têm se debruçado sobre a questão da desigualdade social, do processo de segregação socioespacial e da relação centro-periferia dentro do espaço urbano em um contexto de demandas do modo de produção capitalista. Muito se produziu em pesquisas acadêmicas sobre o assunto, autores consagrados conseguiram renome a partir de produções que debatiam esse assunto, dentre esses podemos destacar as pesquisas de Nicolau Sevcenko, Paul Singer, Henry Lefebvre, Sidney Chaloub, Milton Santos. Porém pouco se debateram esses temas de forma conexa nas escolas de ensino fundamental e médio, principalmente dentro de um enfoque que os explique historicamente.
Dessa forma, já é chegada a hora, se nosso objetivo é realmente “formar um cidadão crítico”1, de trazer debates dessa ordem para dentro da escola, pois eles teriam a potencialidade de explicar o aluno no mundo, de explicá-lo em sua comunidade, em sua cidade, as suas relações sociais, culturais, econômicas no meio urbano da metrópole paulistana, ou de qualquer outra no mundo ocidental capitalista, conscientizando-o e problematizando sua existência no espaço, na sociedade e na história, podendo ele, de maneira mais cristalina, “recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaborar propostas de intervenção na realidade, respeitando os valores humanos”2. No entanto, ao
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1 Parâmetros Curriculares Nacionais -História
2 Como propõe o ENEM em uma das cinco competências a serem desenvolvidas e avaliadas por esse exame.