Simón Bolívar e a figura do herói

Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de História

Disciplina: Ensino de História: Teoria e Prática
Profa. Dra. Antonia Terra Calazans Fernandes
Aluna: Fernanda Brandão de Lara – NºUSP 6839413

 

Sequência Didática

 

Título: Simón Bolívar e a figura do herói.

 

Tema: A construção e desconstrução da figura do herói ao longo da História, descrição passada e contemporânea. O imaginário popular e a propaganda política através de ícones.

 

Público Alvo: O assunto, que é específico, mas se encontra inserido dentro de um mais abrangente, o da Independência da América, deve ser tratado preferencialmente com os alunos que já tiverem noções desses processos de emancipação, a partir especialmente do 7º ano do ensino fundamental ao ensino médio.

 

Objetivos: o tema propõe uma reflexão acerca da imagem de um indivíduo que, em dado momento histórico, foi importante e como essa imagem pode ser construída pelo imaginário popular, pela propaganda e da mesma forma distorcida de acordo com interesses políticos da época ou mesmo por questões de revisionismo histórico.

 

Tietê, o rio teimoso de São Paulo

Universidade de São Paulo - Departamento de História - Segundo semestre de 2016

Aluno: Caio Fabiano Lopes do Valle Souza

Disciplina: Uma história para a cidade de São Paulo: um desafio pedagógico (FLH0425)

Docente responsável: Prof.ª Dr.ª Antonia Terra de Calazans Fernandes
 

 

Proposta pedagógica

Tema: Tietê, o rio teimoso de São Paulo

 


Justificativa:


Neste início de século 21, a maioria dos moradores de São Paulo vive apartada dos rios da cidade. A canalização, o enterramento e a poluição dos cursos d’água que cortam a metrópole os tornou insalubres e degradados, afastando a população de sua presença. Dramaticamente, eles só costumam adentrar o dia a dia das pessoas em situações extremas, quando há enchentes ou o desabamento de habitações irregulares em seu entorno. No entanto, essa relação nem sempre foi assim, hostil e distante. Ao contrário: o que muita gente mais jovem desconhece é o fato de que durante a maior parte da sua história, as várzeas, as margens e o leito dos rios paulistanos foram bastante usufruídos pelos habitantes do município.
 

O próprio rio Tietê, o grande símbolo da deterioração a que foram submetidos os meios fluviais nas últimas décadas, garantiu a sobrevivência e o lazer de muita gente até não muito tempo atrás. Imaginar que as pessoas pescavam, nadavam, navegavam e brincavam no trecho urbano do Tietê nos faz pensar sobre a forma com que escolhemos planejar a cidade, priorizando a motorização e o amplo descarte de detritos nos meios aquáticos, bem como uma divisão fundiária que empurra as camadas pobres para bairros distantes do centro.


Com esta proposta pedagógica, pretendemos estimular a reflexão dos alunos, em especial os do primeiro ano do Ensino Médio, sobre a sua relação com os rios e outros recursos naturais da cidade. Ela poderia ser diferente? Em caso afirmativo, de que maneira nos reapropriarmos do que já é nosso? Acreditamos que a história tem um papel fundamental no sentido de fornecer um novo entendimento acerca das potencialidades dos rios e das matas que existem no interior da capital paulista. Afinal, o conhecimento histórico nos permite entrever alternativas reais ao usufruto que na atualidade dispensamos a nascentes, córregos, rios, matas ciliares, à flora e à fauna urbanas, colocando em xeque o hábito que temos de enxergá-los em contraposição à vida em uma metrópole. A separação que fazemos entre “urbano” e “natural” nem sempre foi assim tão evidente e, muitas vezes, esses dois aspectos de vivência existiram de modo interdependente.