A arte na Segunda Guerra

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Guilherme Mendes Cruz Silva
Nº USP 8576734
Ensino de História: Teoria e Prática
Vespertino
 
 
 
Planejamento de aula
Tema: A arte na Segunda Guerra
 
 
Justificativa:
 
Quando se propõe uma sequência didática precisa-se pensar em uma série de coisas que irão balizar o trabalho levado à sala de aula. Por exemplo, qual o conteúdo a ser dado? Para que ano é destinado esse conteúdo? Quais métodos didáticos lançarei mão na execução da proposta? Mas, principalmente, qual minha concepção de aprendizagem?
 
Essas perguntas nos servem como guias para ajudar a atingir o objetivo básico de ensinar e possibilitar aprendizagens pelos alunos. Pois bem, visaremos aqui criar uma sequência didática que articule essas perguntas numa proposta educativa.
 
Pensamos a aula direcionada para o terceiro ano do ensino médio, tendo como conteúdo as correntes artísticas desenvolvidas nos anos que antecederam a II Guerra Mundial, buscando, a partir das artes plásticas, tentar explicar parte dos debates que pululavam na Europa nesse período. Outra questão que torna importante o uso de obras de arte no ensino é, além da clara e importante ampliação do repertório dos alunos, tentar quebrar com a ideia de que a obra de arte no ensino é apenas uma “ilustração (...) Quando o papel que ela desempenha é a da mera confirmação muda de conhecimento produzido a partir de outras fontes”1. Em outras palavras, ao utilizar as obras de arte em sala aula de forma construtiva rompemos com a mudez das imagens, trazendo-
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1 MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. “Fontes visuais, cultura visual, história visual: Balanço provisório, propostas cautelares”. Revista Brasileira de História, São Paulo, V.23, Nº45, pp 21 – 2003.

 

 
 
as para um diálogo vivo com os alunos, as obras, nesse caso, “possibilitam, ainda, escapar de explicações causais e simplistas, indo de encontro à construção de olhares substanciosos, recheados de referências culturais, contextos e histórias”2.
 
A concepção básica é possibilitar aos alunos a oportunidade de questionarem o que já sabem, permitindo que fiquem envolvidos e interessados com o acesso a novos conhecimentos e atribuir sentido a eles… “Essa construção, por meio da qual pode atribuir significado a um determinado objeto de ensino, implica a contribuição da pessoa que aprende, seu interesse e disponibilidade, seus conhecimentos prévios e sua experiência”3, Zabala está de acordo com o que Meirieu diz: “mesmo antes da intervenção didática, o sujeito já dispõe de um tal sistema de explicações”4, ou seja, propomos trabalhar com esses saberes que cada aluno traz, articulá-los e construir um conhecimento que lhes seja significativo.
 
Para a execução dessa proposta evoco mais um trecho de Zabala “A aprendizagem de ações exige a sua realização; ou seja, o simples conhecimento de ‘como tem de ser’ a ação não implica capacidade de realiza-la. As estratégias de aprendizagem consistirão na ‘repetição de ações e de sequências de ações em contextos significativos e funcionais’”5. Portanto o trabalho aqui proposto, firmado nessa ideia, será composto de uma série de ações que visão a realização de um conhecimento construído pelos aluno, tendo-os sempre como protagonistas desses conhecimentos.
 
 

Povos Indígenas em São Paulo

João Victor Barros Geraldes
FFLCH/USP
23/01/2014
Povos indígenas em São Paulo2014

povos indígenas em sp

Introdução:
 
Procurei estruturar esta sequencia didática de modo que os alunos percebam que a questão indígena é uma questão perene na história do Brasil. Organizei estudos históricos que vão desde o século XVI até os dias atuais, de modo a demonstrar mudanças e permanências da temática indígena. Atualmente, muitas lutas e reivindicações dos povos autóctones se assemelham àquelas que ditaram o ritmo das disputas contra os colonizadores nos primeiros tempos da colonização, principalmente quando nos voltamos à questão da terra.
 
Nas nove sessões aqui presentes, encontram-se leituras indicadas ao professor, documentos escritos, vídeos, imagens etc. visando auxiliar o professor na condução das aulas do curso, bem como propostas de métodos didáticos para cada aula.
 

As linguagens das fontes históricas: o trabalho com fontes orais no estudo das brincadeiras dos pais e avós dos alunos do 5º ano

 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE HISTÓRIA
 
Uma História para a Cidade de São Paulo: Um Desafio Pedagógico
Professora Antônia Terra
Plano de aula
As linguagens das fontes históricas: o trabalho com fontes orais no estudo das brincadeiras dos pais e avós dos alunos do 5° ano
Aluna: Meire de Souza Silva N.USP 7457718
São Paulo,
2013
 
 
 
“A criança que não brinca não é feliz,
ao adulto que quando criança não brincou,
falta-lhe um pedaço no coração”.
Ivan Cruz, artista plástico.
 
 
 
 
Justificativa
 
O bairro Jardim Educandário se localiza na Zona Oeste da cidade de São Paulo, entre as rodovias Raposo Tavares e Régis Bittencourt. Trata-se de uma região que cresceu basicamente de forma horizontal, predominando construções residenciais e comerciais. Muitas casas não têm reboco nas paredes, revelando um padrão de vida bastante simples dos seus moradores. Os estabelecimentos comerciais são, geralmente, de donos que moram no próprio bairro, ou de redes varejistas de porte médio, como as redes Clímax e Rod & Raf.
 
Uma característica do bairro é a falta de espaços de lazer para as famílias, problema apenas amenizado com construção e inauguração do CEU Uirapuru, em 2008. Para as crianças, talvez essa questão seja a mais significativa, já que as impede de vivenciar de forma segura e saudável sua infância, sendo obrigadas a permanecer confinadas dentro de casa ou usar a rua como espaço de brincadeiras, se arriscando entre carros, caminhões e ônibus.
 
Como essa é uma região “dormitório” da cidade de São Paulo, muitas famílias necessitam de instituições onde possam deixar seus filhos quando estão no trabalho. Existem os CEI (Centro de Educação Infantil), as EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) e as EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) para atender às necessidades dos pais. Os espaços dessas instituições são utilizados pelas crianças do bairro tanto nos horários das aulas quanto nos finais de semana. Mesmo assim, são escassas as opções de lazer para as crianças.
 
Por outro lado, é preciso reconhecer as crianças do bairro se divertem de outras maneiras, notadamente com os aparelhos eletrônicos como os celulares e os videogames. Pelas suas características, são objetos que prescindem da necessidade de espaços públicos amplos e ao ar livre para serem utilizados.
 
Entendemos, contudo, que não se trata de uma simples questão de substituição de formas de lazer; pelo contrário, tanto as brincadeiras em parques e praças quanto aquelas em locais fechados são necessárias para que as crianças cresçam felizes e saudáveis.
 
Por isso, achamos importante que os alunos busquem informações sobre as formas de brincar vividas por seus pais e/ou avós quando crianças, pois dessa maneira elas podem perceber um aspecto importante da ciência histórica: as mudanças e permanências das práticas sociais, bem como reconhecer acontecimentos no tempo de curta e média duração.