Descobrindo a história em nosso cotidiano (do encanto/consumo à consciência histórica)

Aluno (a): Bianca N. Marcossi - vespertino
Docente responsável: Antonia Terra
Disciplina USP: Teoria e Prática (2º sem./09)

 

 

 

Resumo

 

     Trata-se de uma seqüência didática que se propõe a trazer o exercício da reflexão/indagação históricas para o cotidiano dos alunos do Fundamental II, a partir da provocação reflexiva de algumas imagens com as quais as crianças convivem em seu dia-a-dia, tais como rótulos de refrigerantes e propagandas de revistas de grande circulação. Pensou-se nesta seqüência como um plano introdutório ao estudo da História no ciclo do Fundamental II.

 

Objetivo e justificativa

     A partir da observação ‘crítica’ e da análise das fontes (disponíveis no anexo 2), busca-se aguçar o espírito inquieto e investigativo dos alunos em relação ao seu próprio universo imagético. O objetivo da atividade é o de tirar a história – e o fazer histórico – do lugar distante e estático dos arquivos e dos documentos (muitos dos quais ininteligíveis – pelos menos na concepção das crianças) dos séculos passados. Este olhar da história como “história dos mortos”, comum a alunos e professores no ambiente escolar e no senso comum, além de tirar a curiosidade dos indivíduos em relação aos temas históricos – já que estes aparentemente não os dizem respeito –, perde seu principal objetivo enquanto disciplina/matéria escolar, que é o de colocá-los como sujeitos históricos, responsáveis por suas escolhas sobre que mundo queremos produzir ou que mundo estamos reproduzindo a cada dia. Segundo Georges Duby, “é absolutamente necessário que o historiador colabore na tarefa essencial que consiste em manter vivo na nossa sociedade o espírito crítico. Quando digo que sou cético em relação à objetividade, é também porque penso estar a prestar um serviço às pessoas, persuadindo-as de que toda informação é subjetiva, que é necessário recebê-la como tal e, por conseguinte, criticá-la” (grifos nossos).

Discutir e problematizar a relação da escola com o aluno, levando em conta sua função social

+Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Departamento de História – Escola no Mundo Contemporâneo

Prof. Antônia Terra Calazans Fernandes – Vespertino

Lígia Nascimento Bicalho – Nº USP: 8980902

Sequência Didática

Tema: Discutir e problematizar a relação da escola com o aluno, levando em conta sua função social.

Ano/Série: 9º Ano do Ensino Fundamental 2.

Justificativa: A sequência didática aqui proposta parte da noção de que a maioria dos alunos que atualmente frequentam a escola não ingressou este meio por escolha própria. Levando em conta que praticamente a totalidade vai à escola desde criança por decisão dos pais, cabe discutir qual relação eles desenvolvem com o ambiente escolar.

Já maiores e com uma maior consciência de si mesmos perante a sociedade, o aluno de 9º ano encontra-se inserido em uma rotina desde muito novo, que para ele naturaliza-se. É importante no curso questionar tal naturalização, perguntando por que toda criança e jovem deve frequentar a escola diariamente nos dias atuais.

A partir da problematização, é possível aos alunos uma melhor articulação sobre sua visão do por que estão na escola. Sentem que estão lá só por serem obrigados, ou reconhecem importância na educação em seu desenvolvimento na sociedade atual?

Em um momento em que estão prestes a ingressar uma nova etapa escolar no Ensino Médio, pretende-se articular melhor o papel imposto à escola atualmente e como o aluno se relacionará a partir disso. Para tal, cabe estudar um pouco da história escolar, formando opiniões a partir de comparações. Como articulava-se a escola no passado, e como a relação deste espaço com o aluno sofreu alterações? A partir desta percepção considerar o que melhorou e o que ainda têm por melhorar, problematizando a estrutura escolar vivida pelos alunos. Será que tem uma finalidade específica?

 

História de São Paulo: Represa de Guarapiranga

• Disciplina USP: FLH-0425
• Docente responsável: Antonia Terra de Calazans
• Aluno (a): Rodrigo Santos de Souza
 

Represa de Guarapiranga

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Finalidade

Procurar relacionar as mudanças ocorridas na Represa Guarapiranga levando em conta às imagens, à cronologia, à intenção do Museu do Lixo e à construção do Trecho Sul do Rodoanel. Refletir como se deram essas mudanças na Cidade de São Paulo situando-as em seus respectivos momentos históricos.

 

Fundamentação

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Imagem 1: Localização da bacia hidrográfica do reservatório do Guarapiranga, com as áreas do
continente e da Ilha Parque dos Eucaliptos.

Bacia do Guarapiranga ocupa uma área de 630 Km² e sua vasta extensão compreende parte dos territórios dos municípios de São Paulo (imagem 1), Embu, Itapecerica da Serra e toda a área de Embu-Guaçu, além de pequenas parcelas territoriais de Cotia, São Lourenço da Serra e Juquitiba. Com todo este potencial hídrico, a represa era utilizada inicialmente para a geração de energia elétrica da Usina de Parnaíba (imagem 2), no Rio Tietê.1

Posteriormente, a represa passa a abastecer a Cidade de São Paulo com água potável. E atualmente, o trecho em construção do anel viário passara pelos reservatórios de Guarapiranga e Billings e interligará as rodovias Imigrantes, Anchieta e Régis Bittencourt. No entanto, tornar-se-á uma das grandes ameaças ao meio ambiente e ao abastecimento de água à Cidade de São Paulo como ocorreu na década de 90.

A cronologia da Represa de Guarapiranga ilustra as mudanças ocorridas na represa ao longo dos anos.

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Imagem 2: Usina de Parnaíba, inaugurada em 1901.

 

Cronologia da Represa de Guarapiranga

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O Museu do Lixo

 

O Museu do Lixo do Parque Guarapiranga, por sua vez, exibe objetos do dia a dia, recolhidos no entorno e dentro da Represa Guarapiranga, os quais foram jogados fora pela população, comprometendo a qualidade e a quantidade da água, sendo que alguns podem ser considerados nocivos à saúde.

Por fim, o mapa do Trecho Sul do Rodoanel, que apesar de incluir no projeto Parques Ecológicos (áreas verdes, ver imagem 4), as obras trará danos ao meio  ambiente como já constatamos pela imagem 5 em contraposição a imagem 6, urbanizada e, ao mesmo tempo, poluída – exemplo, Rio Pinheiros.

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Imagem 3: Museu do Lixo, objetos encontrados na Represa de Guarapiranga.
 

Rodoanel

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Imagem 4: Rodoanel Trecho Sul, atravessará a Represa de
Guarapiranga

 

 

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Imagem 5: Rodoanel Mario Covas.                                                                      Imagem 6 Interligação Represa de Guarapiranga – Rio Jurubatuba – Rio Pinheiros por meio de
barragem.

 

Questão:

As mudanças ocorridas na Represa de Guarapiranga representam para a Cidade de São Paulo momentos históricos distintos. Procuremos, então, relacioná-las levando em consideração às imagens, à cronologia, à intenção do Museu do Lixo e à construção do Trecho Sul do Rodoanel.

Enfim, refletir como se deu essas mudanças na Cidade de São Paulo situando-as em seus respectivos momentos históricos.