Para ouvir a loucura: o silêncio e a manipulação na Ditadura Militar (1964 – 1985)

Aluno: Rafael Lima Capellari Nº USP: 6837800
Ensino de História: Teoria e Prática Profª Drª Antonia Terra Calazans Fernandes
Sequência didática
Para ouvir a loucura:
o silêncio e a manipulação na Ditadura Militar (1964 – 1985)

 

Sequência Didática


O presente trabalho busca trazer um aspecto pouco explorado sobre a ditadura militar, ainda menos explorado no que diz respeito ao seu caráter pedagógico. A loucura, como conhecimento médico fica, normalmente, fechada à discussão. No programa “Sem censura” de 2009, que debateu a reforma psiquiátrica, por vezes, os argumentos ficavam engessados no termo “é uma doença”. Não me posiciono aqui contra ou a favor da criação de leitos, mas tratar a questão apenas desta forma não basta. A reforma psiquiátrica está diretamente relacionada com a abertura política. Durante a ditadura presos políticos foram encarcerados em Hospícios e a arbitrariedade nas internações revelava a arbitrariedade com que se encontravam os direitos do cidadão.


O papel desta sequência didática é instigar o aluno. Trazer para ele a brutalidade da atuação da ditadura sobre a vida e sobre a sociedade. A questão da superlotação e do descaso dos chamados “depósitos humanos” se tornou tão latente durante a ditadura militar que um movimento de funcionários e da população se mobilizou nos anos 70 para rever e garantir condições humanas para os internados e cabe ressaltar que Basaglia e Foucault já haviam visitados os hospitais psiquiátricos no Brasil e relatados suas posturas negativas quanto às condições destes locais.

Os Indígenas e os Bandeirantes Reescrevendo a História Convencional

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
 
Disciplina: História da cidade de São Paulo: um desafio pedagógico
Os Indígenas e os Bandeirantes Reescrevendo a história convencional
Renata Garcia Cruz
Número USP - 8029924
Professora Dra. Antonia Terra de Calazans Fernandes
Vespertino – 2º Semestre 2016
São Paulo - SP
 
 
 
Sequência didática
 
Objetivos
A ideia dessa sequência didática é uma tentativa de introduzir saberes relacionados à temática indígena, e é como uma chance de reescrever a história convencional de São Paulo, e do Brasil em geral, quando o assunto diz respeito à importância dos bandeirantes e a importância dos indígenas na povoação e desbravamentos de São Paulo.
 
Sabemos que a figura do bandeirante está enraizada no imaginário coletivo da identidade de São Paulo, e os mesmos são vistos como responsáveis pelo avanço do território da América Portuguesa, tendo um espaço como construtores da nação. A ideia é apresentarmos um outro olhar sobre o desbravamento do espaço e o avanço das fronteiras, inserindo os bandeirantes no contexto dos indígenas, nativos da região, e que tiveram um papel muito importante para o desenvolvimento desses processos – povoamento, desbravamento, e construção de São Paulo.
 
As aulas consistem, dessa forma, em atividades de reflexão e de estímulo às críticas dos fatos apresentados, para que com isso seja possível, em algum nível, a desconstrução desse senso-comum tão reproduzido entre os paulistanos. Para além desse assunto específico, procura-se também com essa sequência didática causar uma certa “provocação” nos alunos participantes, com o intuito de estimular o senso crítico e o questionamento de algumas situações do cotidiano. Assim, busca-se que haja uma aproximação entre o aluno e o conteúdo da disciplina de história, e que o estudante possa enxergar além de algumas convenções muitas vezes presentes em livros didáticos, comentários cotidianos e um imaginário coletivo muito enraizado na sociedade paulista. Desta forma, o estímulo à criticidade talvez possa trazer para o aluno uma consciência de outras realidades e questões que muitas vezes não aparecem na mídia e nem são lembradas – como a questão indígena atual, seja na cidade de São Paulo ou no Brasil - mas que são muito relevantes quando pensamos que todos, ao menos teoricamente, possuem direitos básicos iguais.