Contribuição da Arqueologia e da Etno-história enquanto suporte para o ensino de História

Docente responsável: Antônia Terra de Calazans Fernandes

Disciplina USP: FFLCH 0425
Aluno (a): Ricardo dos Santos Oleski

 

 

 

 

OBJETIVO. 

     A história das populações indígenas pré-cabralinas tem abordagem pouco privilegiada nos livros e manuais didáticos dos ensinos fundamentais e médios e, quando entram nesses materiais, são abordadas no capítulo da pré-história generalizando conceitos e desprezando peculiares culturais presentes em diversas regiões do espaço nacional. Portanto, esse trabalho oferece um incremento didático ao professor interessado em desenvolver junto aos seus alunos um olhar mais sofisticado acerca dos debates que ocorrem dentro das Ciências Sociais acerca das questões indígenas brasileiras.

     Dito isso, apresentamos um material embasado em contribuições recentes e clássicas de estudioso da Arqueologia, Antropologia e Etno-história, o qual funcionaria como um suporte didático ao professor da disciplina de História. Esse material foi dividido em três partes, podendo ser ministrado numa média de 5 a 9 aulas junto aos alunos do Ensino Médio de escolas públicas ou particulares. Abaixo, a divisão do material que propomos:

A temática indígena na sala de aula – Visões da alteridade através de gravuras e crônicas dos viajantes

Ensino de História: Teoria e Prática  - Profª Antonia Terra C.

Dianaluz C. L. Correa n° Usp 5937178 – noturno – 1° Semestre 2011


Seqüencia Didática – A temática indígena na sala de aula – Visões da alteridade através de gravuras e crônicas dos viajantes


A sequencia didática tem por objetivo apresentar aos alunos os elementos que compuseram a imagem do indígena, ampliando a percepção sobre o que significa o ‘olhar do outro’ – do europeu sobre o indígena, como as civilizações nativas foram percebidas em alguns momentos da colonização da América e como este imaginário foi construído. A sugestão é que esta aula seja dada antes ou concomitantemente ao conteúdo acerca dos descobrimentos.


As imagens a serem trabalhadas pretendem inserir os alunos no debate acerca do confronto de culturas e do reconhecimento da alteridade, e compreender as implicações de como este imagético forjou a imagem do indígena que se tem atualmente.  Serão utilizadas imagens de gravuristas europeus e figuras em que aparecem índios representados, bem como textos documentais que ilustram visões de uma época sobre os nativos do Brasil. As questões serão direcionadas ao aluno, buscando respostas de quem são os artistas, qual as motivações que levaram os autores a representar os nativos de determinada maneira.


Pretende-se identificar através das figuras algumas características predominantes na visão do indígena, alguns estereótipos que foram criados no âmbito da sociedade européia dos séculos XVI ao XIX. A idéia é que ao fim da seqüencia didática os alunos se deparem com uma imagem com uma representação do indígena muito presente em seu cotidiano, que é o mural na Rua da Consolação. Neste mural está desenhado um jesuíta com rosto benevolente ensinando duas crianças indígenas, retratadas com rostos humildes e com livros nas mãos. A idéia é perguntar aos alunos o que esta imagem representa, que idéias ela reforça.  

 

Indígenas

Seqüência Didática: José Guilherme Zago de Souza.


Uso de documentos obtidos a partir de levantamento de sites indígenas  com o objetivo de realizar uma seqüencias de aprendizado de Introdução a temática Indígena.
Partindo de informações localizadas após o levantamento de sites, propomos algumas reflexões sobre o estágio.


Atividade 1:


Apresentar aos alunos o curta:


No curta-metragem de 26 minutos, integrantes de várias nações indígenas, como a Tupinambá (BA), a Pataxó Hahahãe (BA), Kariri-Xocó (AL), a Pankararu (PE), Potiguara (PB), Makuxi (RR) e Bakairi (MT) relatam como celulares, câmeras fotográficas, filmadoras, computadores e, principalmente, a internet vêm sendo ferramentas importantes na busca das melhorias para as comunidades indígenas e nas relações destas com o mundo globalizado.


Os índios propõem que a partir do registro em DVD as tradições podem ser preservadas.