Escravidão no século XIX
Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Disciplina FLH 0424 – Cultura Visual e Ensino de História
Curso: Imagens da África e do Brasil afrodescendente
Professora: Marina de Mello e Souza
Aluno: Mário Teruo Coimbra Tongu – nº USP: 7665512
1º semestre de 2016
Trabalho final do curso (Elaborado como Sequência didática) Tema: Escravidão no Século XIX
1.Objetivo: trabalhar, principalmente através de fontes textuais e visuais, alguns aspectos da escravidão, principalmente no referente ao período do Brasil Império.
2. Número sugeridos de aulas: de 2 a 3 aulas. A sequência foi desenvolvida numa perspectiva em que o professor consiga usufruí-la em uma semana, de forma a não comprometer muito tempo da grade escolar do professor de história (tendo em vista que geralmente o professor detêm duas ou três aulas semanais nas escolas). Entretanto, caso o professor quiser dispor de mais aulas por algum motivo (por estar com a matéria adiantada ou substituindo outro professor que faltou ou ainda pode perceber um interesse dos alunos nos debates levantados), essa sequência não se limita a apenas esta quantidade, podendo ser estendida conforme a vontade do professor. A sequência, portanto, está montada para que seja pensada numa perspectiva mais prática e flexível da disposição das aulas.
3.Material usado: Ao todo serão sete documentos. Sugere-se que o professor tenha no mínimo uma cópia de cada documento e, conforme o número de alunos na referida sala a ser trabalhada esta sequência, tirar outras cópias. Caso o professor preferir, pode dar aos alunos a opção de realizarem as atividades em grupos (com número máximo de integrantes por grupo a ser definido pelo professor e pela classe). Cada documento apresenta algumas perguntas de apoio para ajudar o aluno a melhor organizar a abordagem, mas não sendo obrigatórias a sua resposta (o professor e os alunos podem incluir mais perguntas, caso preferirem). Cada documento apresenta também alguns temas para a pesquisa, mas também não sendo obrigatórios (o professor e os alunos também podem incluir outros temas, enquanto pertinentes ao documento). Este material foi elaborado de forma que possa ser amplamente usado por docentes que, por algum motivo, não tiverem à sua disposição outros recursos como notebook, projetor, rádio ou computador. Desta forma, as atividades seriam entregues em forma de trabalhos impressos.
Do vermelho ao negro: Uma sequência didática em três atos
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
DO VERMELHO AO NEGRO Uma sequência didática em três atos
São Paulo
Outubro
2014
Arthur Major de Sousa – NºUSP 7618377 e Pedro Stapf de Souza – NºUSP 7619301
DO VERMELHO AO NEGRO Uma sequência didática em três atos
Sequência didática apresentada à Profª Drª Antonia Terra para o curso de Ensino de História: teoria e prática.
Do Vermelho ao Negro
Uma sequência didática em três atos
Introdução
Há 50 anos do Golpe que depôs Jango, instaurando um Estado de Sítio e uma sucessão de governos militares que abortaram a agenda de reformas sociais e solaparam as liberdades individuais e de manifestação política, nos deparamos com o convite de propor uma sequência didática cujo pano de fundo é a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). O momento é propício. Não apenas em função da data histórica, mas também pela instauração da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a partir da lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2011, que visa abrir os arquivos e apurar as violações aos Direitos Humanos cometidas nesse período. A despeito das inúmeras falhas da CNV - em não quebrar o sigilo do alto escalão do exército, não propor uma revisão da Lei da Anistia de 1979 e nem punir os crimes praticados pelo Estado brasileiro e por agentes desse durante os governos militares, à exemplo de outras nações latino-americanas como a Argentina e o Chile - ela iniciou um debate muito importante na sociedade brasileira sobre verdade, memória e justiça, que precisa ser inserido na sala de aula.
O espaço para tanto seria as aulas de História do Brasil, no entanto encontramos uma série de dificuldades para abordar esse tema. Como aponta Circe Bittencourt1, a História do Brasil atualmente se encontra diluída nos materiais didáticos na chamada “História Integrada” e sua dinâmica interna não raro é reduzida a um produto de processos exógenos, superiores e inexoráveis que determinam nossa trajetória. Neste atual modelo, onde a História dita “Geral” se sobrepõe em importância e quantidade à História nacional nos manuais didáticos, falta espaço na diminuta carga horária da disciplina para a História do Brasil Contemporâneo, em especial do período
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1 BITTENCOURT, Circe. “Identidade nacional e ensino de História do Brasil” em KARNAL, Leandro
(org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Editora Contexto, 2003.