A comunidade brasileira no Benim e a construção de identidades culturais no mundo atlântico
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1 - A comunidade brasileira do
Benim: Preservação e construção de identidades
Disciplina: Ensino de História, Teoria e Prática
Professora: Antônia Terra Calazans Fernandes
Aluno: Pedro Henrique Fortes Fernandes, nº USP 8030266
Tema: A comunidade brasileira no Benim e a construção de identidades culturais no mundo atlântico.
Público Alvo
Alunos do Ensino Médio, preferencialmente do segundo ano, para acompanhar o estudo dos contatos entre povos europeus e africanos. Assim, é recomendado que seja aplicada em classes que já tenham estudado as dinâmicas do comércio transatlântico.
Duração das Atividades
Não há uma duração exata para as atividades desta sequência, e cabe ao professor distribuí-las de modo conveniente para o aprendizado, variando conforme as especificidades de cada conjunto de alunos. Lembramos também que esta atividade é pensada como complementar ao estudo de história afro-brasileira, sendo secundária a esta.
A educação anarquista no Brasil
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de HistóriaSeqüência Didática
Nome: Victor Ruy RossettiNúmero USP: 8981761
Disciplina: A Escola no Mundo ContemporâneoProf.ª Antonia Terra
Seqüência Didática: A educação anarquista no Brasil
1. Introdução
Os anarquistas são contrários a qualquer forma de dominação e opressão que possa existir numa sociedade, para a qual defendem uma comunidade mais igualitária e solitária. Os anarquistas visam a liberdade, portanto, qualquer instituição dotada de poder seria um entrave para o determinado objetivo. São contrários ao Estado, à Igreja e à propriedade privada. Percebe-se que os conceitos de anarquismo passam distantes dos pensamentos que associam o anarquismo com ausência de ordem e excesso de bagunça.
Foi no final do século XIX que os anarquistas começaram a tomar espaço no Brasil, assumindo a frente de diversos movimentos operários; o caminho encontrado para a dispersão da ideologia anarquista foi a educação.
Os anarquistas entediam que a escola era um dos veículos mais importantes para se educar um ser humano. A educação para os anarquistas abrangia aspectos culturais e literários, estando estes articulados. O projeto educativo que os anarquistas desenvolveram estava distante do Estado e da Igreja, definitivamente por questões de princípios.
A escola não era o único meio pelo qual os anarquistas pretendiam estabelecer seu âmbito educacional; pelo contrário, este saía da esfera escolar. A educação era vista de três pontos de vista que se somavam necessariamente: Educação formal, Educação não formal e Educação informal.
Quanto a educação formal, é aquela desenvolvida dentro da instituição escola, com disciplinas ministradas por um tutor, conhecimento sistematizado e em muitos casos, tendo como pilar o método racionalista, quando se tratava das “Escolas Livres”. A educação não-formal está nas palestras e conferências, ou seja, não pressupõe um tempo ou local fixos, não oferecendo necessariamente um diploma, mas possibilita temas livres e debates, e obviamente, leva ao conhecimento. Em terceiro, a educação informal relaciona-se com qualquer forma de aprendizado e possibilidades educativas que estão presentes no dia-a-dia, portanto, não necessariamente demandam uma organização.
Todas as práticas de educação anarquista são tratadas com a mesma importância, e formaram uma rede bem ampla, que atingiu, sobremaneira, a cidade de São Paulo. A educação anarquista estava conectada com o movimento operário; prova disso, por exemplo, foi a criação da Escola Moderna em São Paulo (educação formal) e os diversos comícios e conferências que se realizaram (educação não-formal); a isso soma- se as manifestações constantes (educação informal).