A Imagem da Mulher na História

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamentode História
FLH 0421 – Ensino de História: Teoria e Pŕatica Profª Dra. Antônia Terra Calazans Fernandes
Aluno Rovilson Sanches Portela  n° USP: 7618804  
 
 
 SEQUÊNCIA DIDÁTICA N° 2 
   
APRESENTAÇÃO E ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR 
 
 A sequência didática que segue foi desenvolvida por um aluno de graduação como proposta de atividade complementar às aulas de história no ensino médio. Não busca (nem seria possível) dar conta da história das mulheres, muito menos da história da arte e da literatura, mas apresenta um recorte que pretende ser representativo das transformações do espaço que as mulheres tiveram na sociedade ocidental ao longo dos séculos e das formas como elas foram (e são) representadas.
 
 É importante destacar que na dinâmica que propomos, o aluno tem um papel ativo na realização da oficina. A aula não terá um carácter expositivo, nem um conteúdo mínimo que deverá sem ensinado, mas problemáticas que podem ser tratadas e resolvidas pelos alunos com os conhecimentos que eles já possuem. O mais importante é o processo de elaboração das análises e formulação de possíveis respostas, e não a reprodução do muito conhecimento já acumulado sobre os assuntos.
 
 Ao pensar sobre as pinturas e sobre os textos literários, os alunos já estarão aprendendo bastante, mas ao pensar sobre eles criticamente, absorverão melhor as temáticas tratadas e se tornarão produtores do seu próprio conhecimento. 
 
 A temática escolhida, mesmo sabendo da possível polêmica entre os jovens acerca dos corpos nus, deve ser entendida como somente representação artística, como um dos temas mais recorrentes nas artes, mesmo que a imagem do corpo feminino tenha evoluido conforme a percepção dos coevos acerca do papel que a sociedade, pretendia a esses mulheres.  
 
 
 
TEMA 
O nu feminino na arte e a representação do espaço das mulheres na história  
 

Uma história para os moradores do bairro de Taipas: autoconstrução, associação e sobre o futuro

Universidade de São Paulo
Departamento de História – FFLCH
Uma história para a cidade de São Paulo – Um desafio pedagógico – 2016
Profª. Dra. Antônia Terra Calazans Fernandes
Uma história para os moradores do bairro de Taipas: Autoconstrução, associação e sobre o futuro.
Por Tathiana Madja de Sousa – 7198891
 
 
Introdução
 
Localizado na região noroeste de São Paulo, o bairro de Parada de Taipas, subdistrito da região de Pirituba-Jaraguá, constitui um exemplo de ocupação periférica, um capítulo importante para se pensar a história da cidade. Relatos e fotos gentilmente cedidos pelos moradores contam que a Rua Carmino Montouri, objeto de estudo desta sequência didática, foi ocupada desde meados dos anos 80 (Foto 1) até o início do ano de 1990, quando um suposto proprietário desapropria e carrega em caminhões dezenas de famílias para locais distantes. Como forma de resistência, a Associação dos Moradores da Vila Boa Esperança foi fundada em 28 de fevereiro de 1992 com o objetivo de garantir o direito de acesso à terra. Por intervenção da associação em conjunto com a então prefeita da época Luiza Erundina, o suposto dono foi desapropriado, tendo sido comprovada a ilegitimidade da posse.
 
No quadro do fortalecimento dos movimentos sociais urbanos, o governo Erundina (1989-1992) caracterizou-se pela consolidação de canais de participação popular na administração pública, invertendo as prioridades de investimento na cidade, estimulando a autogestão em direção às políticas de habitação social1. Tal como se nota
 
1 AMARAL, Ângela de Arruda Camargo. Primeira Administração do PT em São Paulo, in Habitação na cidade de São Paulo. 2 edição revisada. São Paulo, Polis / PUC – SP, 2002, 120p. (Observatório dos Direitos do Cidadão: acompanhamento e análise das políticas da cidade de São Paulo, 4 ) http://www.polis.org.br/uploads/851/851.pdf (Último acesso em 11/12/2016).
 
na lei 11.134, de 5 de dezembro de 19912, que abre espaço para a criação das associações de bairro, o governo Erundina promoveu a institucionalização da participação popular, possibilitando experiências concretas de transformação do espaço.
 

Regime Militar: batalha pela revolução

Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia Letras e Ciência Humanas Disciplina: Ensino de História – Teoria e Prática Professora: Antonia Terra Calazans

Aluno: Luis Otávio Vieira nº USP 7618846

Proposta de sequência didática

 

Tema: Regime Militar: batalha pela revolução.

 

Objetivo: Esta sequência didática pretende incentivar a reflexão dos alunos para dois eixos.

 

Um primeiro de que a história não está fechada e inalterada no passado, e outro de que as palavras com as quais se escrevem a narrativa histórica, além de estarem longe da neutralidade, carregam elas mesmas sua própria pluralidade de significados e sentidos. Portanto, História e linguagem são dois elementos dinâmicos e mutáveis, intimamente relacionados entre si, assim como com a sociedade que lhes dá forma e é formada por eles.

 

O recorte utilizado será o Regime Militar no Brasil. Apresentados a materiais como reportagens atuais, documentos de época e filmes acerca do tema, os alunos protagonizarão uma discussão – com mediação do professor - reflexiva acerca destes materiais, e de como algumas palavras, mais em especial os termos revolução e golpe, são empregados neles. Observando que estes conceitos são disputados por grupos antagônicos, tanto no período ditatorial quanto na atual batalha pela significação histórica deste período, intenta-se esclarecer que o uso das palavras nunca é neutro, inclusive, na escrita da História. E, consequentemente, demonstrar a maleabilidade dos conceitos e de como estes se transformam junto com as sociedades que os usam.

 

Dado que o enfoque será direcionado à linguagem, há possibilidades de trabalho conjunto com a disciplina de Língua Portuguesa.

 

Duração: A sequência tem a duração de quatro sessões. Optou-se por essa divisão visando contemplar a plena possibilidade de conclusão das atividades, não emparelhando as mesmas com a duração das aulas, visto que não há homogeneidade de desenvolvimento em diferentes turmas, onde a sequência pode ser aplicada. Assim como a mesma sequência não deve ser encarada dotada de formatação imutável, tendo o professor autonomia para modificá-la ou adaptá-la conforme as necessidades da turma.