A Educação no Brasil nos Séculos XX e XVI

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A Educação no Brasil nos Séculos XX e XVI

Pedro José de Carvalho Neto

Nº USP: 8981497

 

 

TEMA – A Educação no Brasil nos Séculos XX e XVI.

OBJETIVO – Através de análise de textos, filmes e criando debates, trazer para a escola o tema da história da educação no Brasil, com ênfase no ensino primário, que costuma ser pouco explorado dentro de sala de aula, focando nos séculos XX e XXI, contextualizando a situação da educação dentro desse período, de maneira que os alunos relacionem a situação apresentada com os acontecimentos históricos no Brasil e criando nos alunos uma visão crítica do atual momento da educação no país.

PUBLICO ALVO – Aluno do terceiro ano do ensino médio de escolas públicas, que já tenham conhecimento prévio do período republicano brasileiro. 

DURAÇÃO TOTAL – Aproximadamente 4 aulas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS – Notebook e projetor para o filme São Paulo: Sinfonia da Metrópole (https://www.youtube.com/watch?v=JZUPyq10q9I) e outros vídeos, e excertos Conversas com Historiadores Brasileiros, de José Geraldo Vinci de Moraes e José Marcio Rego, que deveram ser entregues aos alunos para análise e debate, assim como os dados retirados do site do IBGE (http://www.ibge.gov.br/).

 

Atividade 1

Essa atividade deve durar uma aula e consiste na exibição de partes do filme São Paulo: Sinfonia da Metrópole, de 1929 e dirigido por Alberto Kemeny e Rudolf Rex Lusting, que trazem imagens da Escola Normal Caetano de Campos. É interessante, antes de exibir o filme, criar uma roda de conversas para descobrir o quanto os alunos sabem sobre a educação no início do século XX e se conhecem o filme ou alguma produção cinematográfica do período.

O objetivo dessa projeção é mostrar aos alunos um pouco da cidade de São Paulo no momento de seu crescimento e industrialização assim como situar a escola no início do século passado, o seu caráter civilizatório, como em um momento do filme, onde um aluno joga uma casca de banana no chão e é repreendido pelos outros alunos, sendo obrigado então a jogar a casca no lixo. Esse caráter não é próprio apenas da escola, mas também de São Paulo como um todo – na visão do filme -, que mostra a situação dos presos no presidio Carandiru e a como são sujeitos a uma situação de “aprendizado da civilidade”, o instituto Butantã, onde o filme ensina a retirar veneno de cobras para a produção do soro, e até mesmo a reprodução da independência do país.

Após a exibição, deve-se começar um debate com os alunos, primeiramente conversando sobre as impressões de cada um sobre o filme e em seguida colocando as seguintes perguntas para discussão:

- Há uma grande quantidade de crianças?

- Há predominância de professores ou professoras?

- Há crianças negras?

- Entre as crianças, são maioria meninos ou meninas?

- Há separação de sexos?

- Através das imagens, disposição dos alunos, do espaço escolar, como podemos supor que era o ensino? As crianças da época aprendiam as mesmas coisas que os alunos dos dias atuais?

Para o fim da aula, caso haja tempo, é interessante apresentar para os alunos algumas fotos da escola, retiradas do link http://www.iecc.com.br/. É importante ressaltar que as imagens são do final do século XIX e início do século XX, ou seja, de um período um pouco anterior do filme, mas ainda assim de valor histórico alto. É valido ressaltar a separação dos sexos, as aulas específicas para meninos e meninas, os laboratórios e a disposição dos alunos na sala e das carteiras. Ao fim, fazer um debate com os alunos, pedindo comparações com a escola atual.

 

Figura 1- 1895 - aula de costura para meninas

 

 

Figura 2 - 1908 - Aula de modelagem

 


 

Figura 3 - 1895 - Pátio: entrada feminina (pavilhão no fundo à direita, à esquerda, prédio do Jardim de infância)

 

Figura 4 - 1895 - Pátio: entrada masculina
 

Figura 5 - 1908 - sala com aves empalhadas e amostras diversas

 

Figura 6 - 1908 - sala de anatomia

 

Figura 7 - 1895 - ginástica em classe (novidade instaurada pelos republicanos)

 

Figura 8 - 1895 - mesma aula de "gymnástica" que era dada para meninas na sala de aula

 

Figura 9 - 1895 - evolução militar na aula de ginástica, exclusivo para meninos

 

É importante formar nos alunos uma visão do início do século, que será necessário para as próximas aulas, para entender o contexto histórico, tanto da educação, quanto do país.

Atividade 2

Esta atividade também deve durar uma aula.

O objetivo da aula é, sob o pano de fundo do tema central, a história da educação primaria no Brasil, mostrar como a história também pode ser contada através de memorias.

 Inicialmente, se deve dar um panorama sobre a escola Caetano de Campos e em seguida apresentar os documentos (um pequeno documentário sobre a escola e dois relatos de ex-alunos, também em vídeo).

O primeiro vídeo é um pequeno documentário (que pode ser encontrado no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=rrX7XoZUYBw#t=108) sobre a história da Escola Normal Caetano de Campos e o crescimento de São Paulo no início do século XX. O vídeo, feito recentemente, casa perfeitamente com o filme São Paulo: Sinfonia da Metrópole, que os alunos tiveram contato na primeira aula. É interessante evidenciar para os alunos as diferenças na abordagem de São Paulo e da escola em ambos os vídeos, feitos em períodos diferentes. Após esse documentário, há também duas pequenas entrevistas feitas com ex-alunos, (https://www.youtube.com/watch?v=5MBihoD-GjA e https://www.youtube.com/watch?v=aQ4-PMBC7U8). Os vídeos, encontrados no site http://www.iecc.com.br/ estão acompanhados de pequenos textos, que devem ser lidos aos alunos antes da exibição:

 

 

Vídeo 1

 

D. Alzira estudou no Primário e Ginásio da Escola, assim como sua filha, também Alzira e sua neta Yara Cattony. Algumas coisas importantes foram faladas no depoimento: o chapéu fazia parte do uniforme, não era apenas um hábito daquela época [...].  Em um filme da década de 1920 [...], aparece a saída das alunas da Escola, com chapéu na cabeça. [...]

 

Vídeo 2

Walter Toledo nasceu em 1920, estudou no Caetano de Campos do Jardim de Infância até terminar a Faculdade no terceiro andar do prédio, onde funcionava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Em 1950 chegou a lecionar Física na Escola. [...]

 

 

Após apresentar os vídeos, há um último relato a ser mostrado para os alunos, um trecho da entrevista de Maria Yedda Linhares para o livro Conversa com os Historiadores Brasileiros, onde ela fala sobre sua infância e a sua educação primária, tanto no Ceará quanto no Rio Grande do Sul. O relato pode ser lido pelo professor ou entregue para a leitura individual dos alunos.

 

Maria Yedda Linhares, nasceu em Fortaleza (CE) em 1921. Livre-docente em História e professora aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro

 

A senhora começou a ser educada em Fortaleza?

Não fui educada formalmente! Eu não me recordo de ter frequentado escola na minha infância, e isso era comum na época. Minha mãe era contra a educação de freiras. Contra os padres não, não sei bem por quê. Por isso, meu irmão foi educado com os maristas e eu não fui educada em escola alguma até os 11, 12 anos. Como não havia escola pública fora dos Grupos Escolares, tive uma professora em casa. Tenho uma vaga lembrança de uma moça que ia à minha casa quando eu era menina, depois isso passou. No entanto tive uma infância muito linda e divertida – cantava, dançava, fazia teatro, recitava poesia e era louca pelas matinês do cinema. Lembro-me até hoje do primeiro musical que vi na tela – Broadway Melody (1929) – e até hoje sou fiel a esse tipo de filme.

 

Mas depois a senhora ingressou no ensino formal?

Quando houve a reforma de Lourenço Filho, no Ceará, foi criada a Escola de Aplicação da Escola Normal de Fortaleza. Para mamãe, essa seria a escola que ela queria para sua filha, escola moderna, pública, democrática, de qualidade. É possível que ela tivesse lido algo sobre o movimento em prol de uma nova escola, como se desenvolvia no Rio de Janeiro de então. Lamentavelmente só havia vaga para a 2ª série do curso primário, extremamente fácil para mim, e não avancei muito. Em Porto Alegre, a única maneira de estudar era em colégio de freiras, por motivos práticos. Fiquei poucos meses, pois fomos logo para o Rio de Janeiro.

 

Antes do fim da aula anterior, é necessário pedir aos alunos para coletar em casa as memorias dos avôs (aqui, exclusivamente dos avós, pois dos pais será pedido em outro momento) do período escolar, para comparação com os documentos que serão apresentados aos alunos. As perguntas a serem feitas para os alunos podem ser:

- Com quantos anos começou a estudar? Com quantos anos parou de estudar?

- Como era a escola da época?

- Havia uma grande quantidade de alunos? Majoritariamente homens ou mulheres?

- Quais eram as matérias aprendidas?

- Como eram os professores?

            Após a apresentação dos vídeos e do texto, pedir aos alunos apresentarem oralmente as memorias coletadas com os avós, para comparar com o que foi analisado. Caso algum aluno diga que não coletou relatos pois os avós estudaram, use isso também como informação, para demonstrar as dificuldades de conseguir entrar em uma escola antigamente.

 

Para finaliza a aula, peça aos alunos para fazerem um relatório dos documentos que foram apresentados tanto a na primeira quanto na segunda aula, a ser entregue ao professor na próxima aula, relacionando a situação da escola com o momento histórico do Brasil, ou seja, a República Velha e o início da Era Vargas. O objetivo é contextualizar historicamente o que foi visto até aqui.

 

Atividade 3

 

Antes do fim da aula anterior, é necessário pedir aos alunos para coletar em casa as memorias que os pais têm do período escolar, para comparação com o que havia sido visto nas aulas passadas. Se o professor desejar, os alunos podem trazer as memorias escritas, podendo ser usada como uma forma de avaliação, ou os alunos podem apresentar as lembranças familiares apenas oralmente.

As perguntas a serem feitas, entre outras, podem ser as mesmas da aula anterior:

- Com quantos anos começou a estudar? Com quantos anos parou de estudar?

- Como era a escola da época?

- Havia uma grande quantidade de alunos? Majoritariamente homens ou mulheres?

- Quais eram as matérias aprendidas?

- Como eram os professores?

É interessante iniciar a aula com esses relatos colhidos pelos alunos, comparando-os com as memorias da aula anterior, dos avós, evidenciando as diferenças vividas entre os parentes.

Nesta aula serão analisados dados sobre a escolarização do país a partir da década de 1970 até os dias atuais. Os dados foram retirados do site do IBGE (http://www.ibge.gov.br/). Inicialmente, os alunos devem analisar os dados, discutindo se os números da educação no país melhoraram.

Tabela 1: Taxa bruta de escolarização (em porcentagem):

           

UF

1980

1991

1994

1998

1999

2000

Rondônia

14,5

23,8

27,9

46,7

50,4

49,4

Acre

18,3

24,6

31,9

55,9

58,7

62,1

Amazonas

28,2

32

44,4

52,3

58,4

59,2

Roraima

37,3

32

48

84,2

103,6

92,9

Para

25,9

27,8

37,8

46,1

56,6

58,9

Amapá

42,8

38,5

50,9

88,7

90,2

86,3

Tocantins

0

26,5

44,2

71,3

76,7

75,6

Maranhão

19,4

22,9

29

39

43,9

46,6

Piauí

20,7

24,4

25,6

35,7

40

49,9

Ceara

19,5

24

30,3

46,9

54

52,9

Rio Grande do Norte

28,1

42,8

48,5

58,1

64,2

70,1

Paraíba

22,2

26,6

33,3

40,3

44,4

49,7

Pernambuco

27,1

36,6

45,9

58,4

63,8

66,9

Alagoas

19,3

24,6

23,5

34,7

39,7

44,5

Sergipe

26,5

28,8

35,3

47,2

52,7

54,7

Bahia

19

25,1

28,2

45,2

53

61,4

Minas Gerais

29,4

36,4

44,8

67,7

83,5

89,9

Espirito Santo

28,8

49,3

59,8

81,5

85,2

85,3

Rio de Janeiro

57

55,3

53,3

80

87,6

88,7

São Paulo

45,3

60,7

66,5

95,3

100,1

97,6

Paraná

28,4

44,2

56,1

83,9

93

86,9

Santa Catarina

34,3

45,8

51,4

74,5

76,9

78,1

Rio Grande do Sul

42,8

45,6

58

79,1

80,8

80,8

Mato Grosso do Sul

24,1

43

53,9

67,2

69,1

67,8

Mato Grosso

19,9

33,2

40,1

57,4

59,2

61

Goiás

26,8

38,7

49,5

70,9

80,4

82,9

Distrito Federal

55,4

59

66,6

92,6

100,9

104,5

 

 

Tabela 3: Taxa liquida de escolarização (em porcentagem):

 

UF

 

1980

1991

1994

1998

1999

2000

Rondônia

Fundamental

70,4

83,1

86,6

90,5

91,9

93

Rondônia

Médio

3,1

3,1

11,1

19,5

20,6

21,8

Acre

Fundamental

62

74,2

86,2

89,8

91,7

91,3

Acre

Médio

4

4

9,9

18,3

18,3

20,3

Amazonas

Fundamental

65,7

72,3

71,7

88,1

92,5

85,3

Amazonas

Médio

7,2

7,2

11,2

14,9

16,6

16,5

Roraima

Fundamental

79,9

80,7

81,6

92,6

93,4

89,5

Roraima

Médio

11,6

11,6

14,9

25,1

31,6

29,3

Para

Fundamental

71,4

73,2

82,4

91,5

93,7

91,6

Para

Médio

6,5

6,5

9,9

12,9

13,5

14,1

Amapá

Fundamental

83,6

82,9

87,3

91,3

92,6

91,7

Amapá

Médio

12

12

16,1

22,8

24,4

24,5

Tocantins

Médio

0

0

11,8

16,6

17,5

19,5

Maranhão

Fundamental

60,6

79,8

83,7

88

91,4

92,9

Maranhão

Médio

6,2

6,2

9,7

12,7

13,3

14

Piauí

Fundamental

80,1

82,4

85,1

91,1

91,8

93,1

Piauí

Médio

3,7

3,7

6,5

10,7

10,8

13

Ceará

Fundamental

71,5

62,9

72,2

89,8

93,5

93,2

Ceará

Médio

5,5

5,5

10,8

17

19,2

20,1

Rio Grande do Norte

Fundamental

76,9

85

87,4

91,5

92,3

93,6

Rio Grande do Norte

Médio

7,5

7,5

15,1

19,3

20,4

22

Paraíba

Fundamental

76,5

67,1

72,7

91,9

93,2

92,5

Paraíba

Médio

6,5

6,5

10,8

13,8

14,3

15,3

Pernambuco

Fundamental

70,8

81,4

84,1

91,2

93,3

90,1

Pernambuco

Médio

9,5

9,5

14,6

19,4

20,5

20,8

Alagoas

Fundamental

59,5

72,8

74,4

86,3

90,6

89,3

Alagoas

Médio

5,6

5,6

8,2

11,5

11,5

11,8

Sergipe

Fundamental

71,8

82,4

84,9

90,1

90,5

90,7

Sergipe

Médio

6,4

6,4

9,7

12,5

13,4

14,8

Bahia

Fundamental

65,8

62,9

70,8

91,9

93,9

94,9

Bahia

Médio

6

6

8,2

12,3

14,1

15,3

Minas Gerais

Fundamental

86

92,5

94,5

97,4

97,5

95,1

Minas Gerais

Médio

12,5

12,5

20,4

29,2

34

35,7

Espirito Santo

Fundamental

85,7

91

94

94,5

94,6

92,8

Espirito Santo

Médio

13,1

13,1

28,3

39,5

39,5

39,8

Rio de Janeiro

Fundamental

92,8

86,6

91,5

96,7

96,8

95,1

Rio de Janeiro

Médio

23,7

23,7

23,6

36,8

36,9

36,1

São Paulo

Fundamental

90

92,5

95,4

98,2

98,2

97,3

São Paulo

Médio

24,1

24,1

33,1

51,9

54,3

54,7

Paraná

Fundamental

81,7

92,5

94,4

97

97,3

94,2

Paraná

Médio

14,9

14,9

28,2

44

49,4

49,8

Santa Catarina

Fundamental

84,7

90,7

92,6

96,8

96,8

96,7

Santa Catarina

Médio

18,2

18,2

30,7

44,1

44,8

45,6

Rio Grande do Sul

Fundamental

87,2

92,3

93,9

95,7

95,8

96,5

Rio Grande do Sul

Médio

20,6

20,6

33

46

47,5

45,3

Mato Grosso do Sul

Fundamental

64

90,9

91,4

94,4

94,6

94,1

Mato Grosso do Sul

Médio

7,6

7,6

24

32,2

32,7

34

Mato Grosso

Fundamental

72,1

88,4

90,6

93,7

94

93,4

Mato Grosso

Médio

5,1

5,1

16,4

26,5

27,4

29

Goiás

Fundamental

84,2

90,3

91,7

95,9

95,9

93,2

Goiás

Médio

8,5

8,5

19,9

26,4

28,8

30

Distrito Federal

Fundamental

94,9

94,3

95,5

97,9

97,9

97,2

Distrito Federal

Médio

24,9

24,9

32,4

39,7

43,2

44,5

 

Tabela 3: Analfabetismo entre mulheres (em porcentagem):

 

Brasil

1970

1980

1991

2000

36%

27,1%

20,3%

13,5%

 

 

Tabela 4: Analfabetismo entre homens (em porcentagem):

 

Brasil

1970

1980

1991

2000

29,8%

23,6%

19,8%

13,8%

 

 

Tabela 5: Analfabetismo por faixa etária (em porcentagem):

 

Brasil

 

1995

1996

2004

2007

2008

2009

15 anos ou mais

15,6

14,7

11,4

10,2

10

9,7

25 a 29

9,3

8,1

5,8

4,4

4,2

3,6

30 a 39

11

10,2

7,9

6,6

6,6

6,4

40 a 49

16,7

15,5

11,2

9,7

9,5

9,3

50 anos ou mais

32,7

31,5

-

-

-

-

60 ou mais

-

-

31,9

28,4

28

27,7

 

Tabela 6: Número de alunos por sala:

 

UF

 

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Rondônia

Rede Pública

35,3

33,6

26,1

26,4

26,3

26,5

25,9

25,9

Rondônia

Rede Privada

22,1

22,2

20,5

20,3

19,7

20

19,7

20,5

Acre

Rede Pública

36,4

36,3

26

25,9

25,9

26,1

25,8

25,6

Acre

Rede Privada

23,9

23,1

23,5

23,6

24,2

24,7

24,8

25

Amazonas

Rede Pública

39,9

39,5

30,9

30,5

29,9

29,6

29,4

28,5

Amazonas

Rede Privada

23,4

23,2

22,8

22,7

22,6

22,8

23,3

24,1

Roraima

Rede Pública

29,2

28

22,1

21,8

21,7

20,9

20,7

21,1

Roraima

Rede Privada

23,8

24,4

25,4

23,8

23,1

27,5

27,3

26,9

Para

Rede Pública

40,8

40,4

30,6

30,2

29,8

29,3

29

28,6

Para

Rede Privada

24,7

24,6

24,5

23,9

24,5

24,4

24,8

24,9

Amapá

Rede Pública

29,5

29,5

26,7

26,1

25,6

25

25,5

25

Amapá

Rede Privada

25,9

26,3

25

24,3

23,9

24,1

24,6

24,2

Tocantins

Rede Pública

34,8

32,8

26,3

25,8

25,6

24,4

23,9

23,4

Tocantins

Rede Privada

19,1

20,3

20,6

20,2

19,8

20

19,7

19,2

Maranhão

Rede Pública

36,8

36,2

28,3

28

27,8

27,3

26,8

26,3

Maranhão

Rede Privada

23,1

22,8

22,1

22,6

22,8

22,7

23,2

22,2

Piauí

Rede Pública

34,2

33,5

25,9

25,2

24,2

24,1

23,5

22,6

Piauí

Rede Privada

20,3

20

20,2

20

20,1

20,5

20,1

20,4

Ceara

Rede Pública

31,9

31,4

27,2

26,9

26,7

25,9

25,9

25,4

Ceara

Rede Privada

22

21,4

21,2

20,9

21,1

21,1

21,1

20,6

Rio Grande do Norte

Rede Pública

30,7

30,4

26,9

26,4

26,6

26,4

26,2

25,8

Rio Grande do Norte

Rede Privada

22,6

21,8

21,3

20,7

20,5

20,7

20,9

20,7

Paraíba

Rede Pública

36,2

35,9

28,4

28,3

28

27,6

26,9

25,7

Paraíba

Rede Privada

21,5

21

19,5

19,3

19,2

19

19,7

19,5

Pernambuco

Rede Pública

40,2

39,8

32,5

32,2

31,5

30,7

29,8

29,2

Pernambuco

Rede Privada

22,2

21,6

20,1

19,9

19,7

19,4

19,7

20,1

Alagoas

Rede Pública

39,1

38,7

33,8

33,6

33,5

33,3

32,8

32,1

Alagoas

Rede Privada

25,7

24,5

23,1

22,9

22,7

23,3

23,1

23,6

Sergipe

Rede Pública

35

34,2

29,7

29

28,7

28,9

28,1

27

Sergipe

Rede Privada

22

21,4

21,5

21,1

21,1

21,7

22,2

22,1

Bahia

Rede Pública

37,9

36,5

28,8

28,5

28,1

27,5

27,4

26,6

Bahia

Rede Privada

19,7

19,4

19,3

19,1

19,4

19,7

20,1

19,8

Minas Gerais

Rede Pública

33,1

32,4

28,8

28,5

28,1

27,6

26,9

26,1

Minas Gerais

Rede Privada

24,7

23,8

23,2

22,8

22,4

22

21,4

20,6

Espirito Santo

Rede Pública

33,2

32,4

26,9

26,4

26,5

26,2

25,8

25,2

Espirito Santo

Rede Privada

23,1

22,7

22,4

22,3

22,8

22,5

22,7

22,7

Rio de Janeiro

Rede Pública

33,2

32,7

31,1

30,8

30,7

30,8

30,3

29,9

Rio de Janeiro

Rede Privada

22,9

22,1

21,5

21,7

21,6

21,8

21,8

21,8

São Paulo

Rede Pública

36

35,5

33,7

33,2

32,9

32,5

32,5

32,2

São Paulo

Rede Privada

24,2

23,5

23

22,3

22

21,9

21,8

21,4

Paraná

Rede Pública

32,3

31,4

29,4

29,4

29,1

28,6

28,1

27,8

Paraná

Rede Privada

23,9

23,3

22,9

22,3

21,7

21,7

21,4

21

Santa Catarina

Rede Pública

29

28,8

25,5

25,4

25,1

25,2

25,1

24,4

Santa Catarina

Rede Privada

24,8

24

23,3

23

22,5

22,1

21,9

21,8

Rio Grande do Sul

Rede Pública

25,7

25

22,6

22,4

22,2

22

21,9

21,8

Rio Grande do Sul

Rede Privada

25,6

25,4

24,9

24,8

24,6

24,3

24,1

24

Mato Grosso do Sul

Rede Pública

31,1

30,1

27,6

28

27,5

27,4

26,7

26,3

Mato Grosso do Sul

Rede Privada

18

17,9

17,3

17,3

17,5

17,6

17,6

17,3

Mato Grosso

Rede Pública

30,5

29,8

26,8

26,9

26,8

26,4

25,9

25,7

Mato Grosso

Rede Privada

19,5

19,5

19,4

19,5

19

19

19,9

20

Goiás

Rede Pública

33,9

33,2

30,1

30,1

30

29,2

28,7

28,2

Goiás

Rede Privada

19

18,3

19,1

19,2

19,8

21,3

21,3

20,8

Distrito Federal

Rede Pública

33

33,8

31,3

31,2

31,3

31,7

32,4

32

Distrito Federal

Rede Privada

26,1

24,7

24,8

24,6

24,2

23,9

23,5

23,7

 

Após a exposição das tabelas, o professor deve criar uma discussão com os alunos, trabalhando as diferenças entre a escola pública e privada, o ensino fundamental e o médio (analisando a evasão escolar), as diferenças entre a educação do homem e da mulher, a evolução dos números de analfabetismo e como se deu essa mudança (lembrando a passagem da Ditadura Militar para a democracia e os governos do período pós-ditatorial).

O objetivo dessa atividade é passar ao aluno um panorama da Educação no Brasil na segunda metade do século XX, fechando o período, inicialmente exposto nas duas primeiras aulas. Essa atividade tem duração de uma aula.

Atividade 4

Essa última atividade tem como função avaliar a situação da escola no século XX. Ao fim da terceira aula, o professor deve pedir aos alunos gravarem um vídeo, em forma de curta documentário, entrevistando professores e alunos de escola pública (já que o público alvo é a de alunos de escola pública). Assim, o professor pode integrar as novas tecnologias dentro da sala, como o uso de smartphones, que podem ser usados para filmar os vídeos.

Segue o link de um vídeo feito na mesma situação por alunos de escola pública, porém para uma aula de inglês, para serem enviados em um projeto internacional onde alunos de diversos países analisariam a situação da educação em seus vizinhos (o que justifica as legendas em inglês, apesar das entrevistas em português): https://www.youtube.com/watch?v=MyjF5ifRb2k. O vídeo deve ser mostrado aos alunos como exemplo para o que eles irão fazer.

O vídeo deve ser levado pronto para a última aula, onde todos os vídeos serão exibidos e após a exibição, o professor deve criar um debate para discutir a situação da escola pública do mundo atual, os problemas e os pontos positivos, assim como possíveis soluções para os problemas e aprimoramentos. É válido também conversar sobre o processo de criação do vídeo. Essa produção pode ser utilizada como avaliação final dos alunos.

Bibliografia:

MORAES, José Geraldo V. e REGO, José Marcio. Conversas com Historiadores Brasileiros. São Paulo: Ed. 34, 2002.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.

Filmografia:

KEMENY, Adalberto e LUSTIG, Rudolf Rex: São Paulo: Sinfonia da Metrópole, Brasil, 62min., 1929.

Referencia
Graduandos