A População de Rua em São Paulo: espaço, direito e cidadania

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
A População de Rua em São Paulo: espaço, direito e cidadania
Proposta de sequência didática
Ana Carolina Warigoda Guedes
9826539
 
Trabalho final para disciplina “Uma história para a cidade de São Paulo: um desafio pedagógico”, profa. Dra. Antônia Terra Calazans Fernandes // Ana Carolina Warigoda Guedes, e-mail ana.carolina.guedes@usp.br, nUSP 9826539.
 
 
 
Sumário
 
 
Introdução à sequência didática
 
Para qual série se destina essa temática...............................................................2
Importâncias do ensino sobre a população de rua....................................................2
Como trabalhar com esta sequência didática.........................................................4
 
 
Primeira parte – Saindo do senso comum
 
Por que os moradores de rua incomodam?.............................................................5
O que leva alguém a morar na rua......................................................................6
A relação dos moradores de rua com o trabalho......................................................8
Segunda parte – Problematizando historicamente
A repressão à vadiagem..................................................................................10
Os projetos de higienização da cidade................................................................12
 
 
Terceira parte – Para não concluir
 
Retratos para a posterioridade..........................................................................15
Bibliografia.................................................................................................19
Índice de imagens.........................................................................................20
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À SEQUÊNCIA DIDÁTICA
 
 
 Para qual série se destina essa temática?
 
Para que as propostas dessa sequência sejam completamente absorvidas e permita a total participação dos alunos, é recomendável que seja aplicada na idade de operações formais, conforme os estudos de Jean Piaget – ou seja, a partir dos 11-12 anos, quando, uma vez absorvida experiência de aprendizado de situações concretas, o estudante passa a ser capaz de raciocínios com certo grau de abstração. Tal abstração é necessária para que o aluno exerça a alteridade (colocar-se no lugar do outro) para a compreensão da realidade das pessoas em situação de rua em São Paulo.
 
Outro fator importante para esta aplicação constitui a capacidade dos alunos de lidar de maneira séria com assuntos de maior profundidade e suas consequências.
Especificamente, portanto, sugere-se o uso desta sequência a partir do 1º ano do Ensino Médio.
 

As Aldeias Tekoa Pyau e Tekoa Ytu , resistência guarani na cidade de São Paulo

Discentes: Débora Alencar, Deborah Lavorato e Rafael Pires.

Docente responsável: Profa. Dra. Antonia Terra Calazans Fernandes.

Disciplina: Uma história para a cidade de São Paulo: Um desafio pedagógico.

 

 

Tema: As Aldeias Tekoa Pyau e Tekoa Ytu , resistência guarani na cidade de São Paulo

 

         Justificativa:

 

         O tema procura fazer com que os alunos entendam melhor a relação da cidade com os povos indígenas próximos a eles através da compreensão de resistências e incorporações que as tribos do Jaraguá estabelecem com relação aos costumes do "homem branco".

            As aldeias do Jaraguá, próximas ao pico do Jaraguá, localizada na zona oeste da cidade de São Paulo, tem início na década de 1960, quando mudam para o local Joaquim Augusto Martins e sua esposa Jandira Augusta Venício com sua família, que são pertencentes a etnia Guarani. As aldeias são dividias por uma estrada turística, a Estrada Turística do Jaraguá, sendo a de baixo, “Tekoa Ytu”, mais antiga. A de cima, “Tekoa Pyau”, faz divisa com a rodovia dos Bandeirantes e ainda não é pertence legalmente aos índios moradores da área. Além da barreira da Estrada há entre as duas uma barreira de “desenvolvimento”, pois, enquanto a aldeia de baixo hoje conta com condições melhores, como casas de alvenaria, a de cima continua com uma precaridade maior, embora ambas vivam uma situação de carência.

Paulistanas

 Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Sequências Didáticas Paulistanas
Disciplina: Uma História para a Cidade de São Paulo: Um desafio Pedagógico
Docente: Profa. Dra. Antonia Terra Calazans Fernandes
Discente: Wellington Migliari – No USP 3709638
São Paulo
2013
 
 
 
 
 
Seguindo Sequências Paulistanas
 
 
1. Introdução: aspectos presentes no passado
 
O valor dos rios estava, aparentemente, menos em servirem de vias de comunicação do que de meios de orientação.1
 
A cidade de São Paulo não apenas tem trânsito caótico, mas impossibilita demais a vida de seus cidadãos por não dispor de um sistema de transportes adequado. Isso não é novidade para nenhum aluno do último ano do Ensino Médio. São milhões de trabalhadores e transeuntes que se deslocam dia-a-dia, muitas vezes, discentes de escolas públicas e seus próprios pais. No município de São Paulo, a realidade precária dos transportes públicos afeta, direta ou indiretamente, a todos. Tal locomoção problemática incentiva mais o uso dos meios de transporte privado, impede a sociabilidade de cidadãos e ainda dificulta o preceito constitucional de ir e vir.