9 de Julho de 1917: O dia em que São Paulo parou. (Dependendo do Ponto de Vista)

Aluno (a): Vinícius Marangon nº USP 6837752 Suzane Eulália de Castro Jardim

Docente responsável: Dra. Antonia Terra Calazans Fernandes.
Disciplina USP: Uma História para a cidade de São Paulo: Um desafio pedagógico

 

 

 

Introdução

 

     Este projeto de ensino pedagógico intitulado “9 de julho de 1917 - O Dia em que São Paulo Parou ( Dependendo do Ponto de Vista)”, tem por temática a greve ocorrida no bairro da Mooca na cidade de São Paulo em 1917.

     Curiosamente em meio a tantas reivindicações, em meio a fortes conflitos com a polícia, e em função de uma grande mobilização operária, não somente em São Paulo, mas também em outros estados brasileiros, esta greve acabou se tornando conhecida por ter sido a “Primeira Greve Geral do Brasil”.

     A problemática proposta é que, a partir do tema, a greve geral de 1917, o professor consiga analisar o fato da greve como acontecimento histórico originado pela situação trabalhista da época na cidade de São Paulo e ao mesmo tempo analisar de que modo diferentes posicionamentos políticos originam jornais que conseguem se posicionar de forma tão distinta sobre o mesmo assunto.

     Para melhor aproveitamento da proposta, o projeto de ensino é destinado a alunos de

Ensino Médio. A proposta pedagógica fará uso de expressões tais quais: frentes de direita e esquerda e causa operária, vocabulário recorrente em assuntos estudados justamente no ensino médio, o que nos faz supor que o aluno estará, portanto, mais familiarizado e apto a conseguir assim discernir com maior facilidade as informações e análises abordadas. Além disso, como serão propostos debates políticos, as discussões terão melhor aproveitamento se forem feitas com alunos mais maduros.

     O projeto de ensino usa como fontes livros, relatos, fotos e principalmente jornais da época que abordam a Greve de 1917. Com tal acervo é possível que o professor realize a série de dinâmicas e discussões propostas ao longo do projeto em sala de aula em um espaço de tempo de uma aula de aproximadamente 50 minutos.

 

O Projeto

 

O professor deve iniciar sua exposição apresentando um apanhado geral sobre as fábricas da cidade de São Paulo, explicando desde o surgimento, o trabalho e a condição do operariado. Ou seja, nesse relato ele deve abordar os motivos que levaram à instalação das fábricas na cidade de São Paulo fazendo menção a grande oferta de mãode- obra dos imigrantes e, sobretudo, aos graves problemas pelos quais os operários sofriam tanto no interior, quanto fora das fábricas. Segue abaixo uma sugestão de introdução a ser feita pelo professor.

 

SUGESTÃO:

No inicio do século XX, São Paulo é uma cidade que esta passando por fortes transformações. Graças a grande riqueza proveniente da economia cafeeira, os grandes barões de café obtiveram o acúmulo de capital necessário para investir principalmente no progresso da cidade de São Paulo. Partes desses investimentos foram destinados à construção de novas estradas, alargamento da linha férrea e a uma modernização da cidade aos moldes europeus, tanto na arquitetura quanto culturalmente. Tudo esse investimento em infra-estrutura somado com os baixos preços dos terrenos em determinados bairros como Mooca e Brás e também com a grande oferta de mão-de-obra barata dos imigrantes que aqui chegavam em altíssima quantidade, acabou facilitando assim a instalação de fábricas na cidade de São Paulo.

Após essa breve introdução apresente a foto abaixo:

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Fábrica localizada na Rua Borges de Figueiredo – Mooca.

 

     Após a apresentação da foto o professor deve perguntar se algum aluno reside em algum bairro marcado pela incidência de fábricas, tanto antigas quanto modernas e pedir para que ele conte como são e o que ele acha sobre elas e a influência que exercem em seu dia-a-dia e no dia-a-dia do bairro. A intenção é fazer com que os alunos já comecem a se sentir mais a vontade em participar do projeto, contando suas experiências e visões sobre as fábricas com as quais convive diariamente.

     Ao término dos relatos dos alunos, o professor deve começar a falar sobre os operários. Falar quem eram, de onde eles vinham e quais eram as suas condições de vida, tanto dentro, quanto fora das fábricas.

 

SUGESTÃO:

Os graves problemas que estavam acontecendo na Europa, como o aumento da pobreza, fome e guerras como a de Unificação da Itália, somados com o estímulo do governo brasileiro que, desde antes mesmo da abolição da escravatura já vinha sendo realizado indo de acordo com uma política que pretendia “embranquecer” a população brasileira considerada “contaminada” com sangue negro e indígena, tiveram como resultado a vinda em grande escala de imigrantes europeus para o Brasil. Inicialmente eles foram trabalhar, sobretudo, nas lavouras de café, no entanto, com o crescer das fábricas e uma maior busca pelo progresso e europeização da cidade, influenciada por ideologias expressas em doutrinas como o positivismo, darwinismo social e evolucionismo, esses imigrantes passaram a ser encaminhados para o trabalho industrial, o que levou muitos deles a residir na zona urbana da cidade de São Paulo, sobretudo nos bairros do Brás e da Mooca.

     Após esta abordagem o professor deve perguntar quais alunos são descendentes de imigrantes europeus cujos familiares foram lavradores ou operários. Em seguida deve pedir para que ele conte o que ele sabe da história de seus antepassados e os motivos que os levaram a vir para o Brasil. Depois, perguntar se ele sabe como era a vida daquelas pessoas naquela época. A intenção é fazer com que o aluno compartilhe com a classe a história de sua família e que ele explique para os demais seus conhecimentos da vida operária. Se este conhecimento vier de uma conversa que ele teve com o próprio imigrante, a discussão pode ficar mais interessante.

 

Após essa exposição dos alunos o professor deve apresentar as fotos abaixo: vinicius2 Operários diante de uma fábrica. vinicius3Operários diante das maquinas em que trabalhavam.

 

     O professor deve perguntar o que os alunos conseguem extrair de informação a partir das fotos apresentadas acima. Ele deve fazer com que os alunos percebam ascaracterísticas fundamentais expostas: a fábrica é um espaço muito amplo, porém mal organizado devido à grande quantidade de máquinas e de pessoas convivendo insolitamente; falta de segurança; falta de higiene; falta de conforto e principalmente a grande quantidade de crianças empregadas na indústria. características fundamentais expostas: a fábrica é um espaço muito amplo, porém mal organizado devido à grande quantidade de máquinas e de pessoas convivendo insolitamente; falta de segurança; falta de higiene; falta de conforto e principalmente a grande quantidade de crianças empregadas na indústria.

 

     Após a analise da foto o professor deve apresentar o texto extraído do livro Casa de Taipa. O bairro paulistano da Mooca em livro-reportagem. A finalidade de tal texto é mostrar para os alunos as condições reais vividas pelos operários de uma fábrica naquela época.

     A vida nas fábricas não é era nada fácil. Os homens vivem sobre ameaça do desemprego. As indústrias da Mooca empregam mulheres como Ana Ramazziotti, que ganham a metade do salário de um operário. A situação é ainda pior em relação às crianças, que chegam a trabalhar até doze horas por dia e recebem cerca de dez por cento do salário de um homem.

     O italiano Carlo Ramazziotti foi um menino-operário. Para ganhar 1.100 réis, trabalhava das 7 da noite às 6 da amanhã, de segunda a sábado. Quando cochilava em frente ao tear, era espancado com um “balão”, um pedaço de pau envolvido em pano verde. No final do mês, o dinheiro dava para comprar muita pouca coisa, quase nada. Adulto, passou a ganhar 4 mil réis por mês, o mesmo que valia uma cesta básica com meio quilo de arroz, macarrão, banha de porco, açúcar e café1.PAG 37 e 38

     Depois da leitura do texto o professor deve pedir aos alunos que exponham o que eles, em fim, podem concluir a respeito das condições dos operários. Se essas eram boas ou ruins, dignas ou não e se um sentimento de revolta diante de tal situação seria compreensível.

     Após essa discussão o professor deve expor aos alunos um panorama geral do que estava acontecendo em 1917 no Brasil:

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1 Dimas A. Künsch. “O Bairro paulistano da Mooca em livro-reportagem.” Casa de Taipa. São Paulo. Salesiana. 2006. pp 37 e 38.

 

SUGESTÃO:

     Em decorrência da Primeira Guerra Mundial, uma grave crise econômica atingia o Brasil. Os salários dos trabalhadores não acompanhavam o aumento do custo de vida. Entre 1914 e 1923, o salário médio havia subido 71%. O custo de vida, considerando-se apenas itens básicos, havia aumentado 189%. Os gastos com a alimentação consumiam cerca de dois terços dos gastos domésticos. O salário médio de um operário era em torno de 100 mil réis. O consumo básico de uma família (homem, mulher e dois filhos) chegava a 207 mil réis.

     Mas não apenas isso afligia os trabalhadores da época. O combate contra o trabalho infantil era algo muito discutido entre os ativistas, mas também as condições de miséria pelas quais passavam era outro assunto muito debatido. Dessa forma, diante de tantos problemas e não suportando tal situação, em maio de 1917 os operários do Cotonifício Cresp (fábrica localizada na Mooca) entram em greve. Entretanto, é apenas no dia 9 de julho de 1917 que a greve geral estoura e se alastra por São Paulo.

     Depois de tal exposição o professor deve mostrar a imagem abaixo e explicar que o “A Capital” era um jornal de grande circulação na época que abordava, principalmente, assuntos relacionados à população mais humilde e com matérias fortemente voltadas e vinculadas à causa operária. Por assim dizer, é possível concluir que o jornal A Capital era um jornal voltado para as frentes de esquerda.

 

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Primeira página do jornal A Capital do dia 13/07/1917.

 

     Após a apresentação da imagem o professor deve apresentar aos alunos os acontecimentos da Greve Geral:

 

     Dia 9 de julho de 1917. Centenas de pessoas se juntam e seguem em caminho pelas ruas da Mooca. Andam em direção ao vizinho bairro do Brás, do outro lado da linha do trem, onde sabem que encontrarão solidariedade à greve, iniciada mais de dois meses antes.

     Mais e mais homens se reúnem ao grupo. No caminho, percebem a movimentação de forças policiais. As tropas da cavalaria estão agitadas. Os trabalhadores caminham tensos. O confronto é iminente. O que aconteceria naquela tarde estamparia os jornais no dia seguinte.2

     O professor neste momento deve apresentar a imagem abaixo:

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2 Dimas A. Künsch. “O Bairro paulistano da Mooca em livro-reportagem.” Casa de Taipa. São Paulo. Salesiana. 2006. pp 34

 

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Primeira página do jornal A Capital do dia 10/07/1917.

 

     Após a apresentação da imagem o professor deve continuar:

    

     Naquele mesmo dia, em meio aos conflitos, morreu o sapateiro espanhol José Inegues Martinez, de 21 anos. Ele não resistiu aos ferimentos causados por uma bala disparada pela polícia em frente à fábrica de tecidos Mariângela. Ele foi a primeira vítima fatal e acabou se tornando o símbolo da primeira greve geral de trabalhadores do país, a qual, é importante lembrar, teve sua origem na Mooca.

     Em seguida o professor deve apresentar as imagens a seguir. A primeira é o retrato do sapateiro que foi morto na frente da fábrica de tecidos Mariângela. É importante mostrar tal imagem, pois ela está frequentemente presente nas primeiras páginas dos jornais esquerdistas da época. A segunda é a imagem da notícia no jornal sobre a morte do sapateiro.

vinicius6José Inegues Martinez.

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A partir de então o professor deve dizer que o movimento grevista ganha cada vez mais força e recebe cada vez mais adeptos. A fim de provar tal afirmação ele deve apresentar a imagem a seguir:

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Em seguida é interessante que o professor explique para os alunos que tal jornal além de se preocupar em relatar os eventos acorridos, também se preocupa em explicar os motivos pelos quais eles ocorreram. Prova disso é a pauta de reivindicações a seguir que é apresentada na primeira página do jornal A Capital.

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Matéria retirada do jornal A Capital do dia 11/07/1917

 

Logo em seguida o professor deve apresentar as imagens a seguir, também retiradas do jornal A Capital. Elas também fazem menção às reivindicações dos operários:

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      Após a apresentação das imagens, as seguintes perguntas devem ser feitas aos alunos pelo professor:

 

1. Qual era a principal reivindicação dos operários?

2. Com o que os trabalhadores estavam mais preocupados?

3. Tal preocupação era plausível?

4. O problema consistia em algo fácil de ser remediado?

 

     Eis abaixo, exemplos de respostas que o professor deve esperar dos alunos:

 

1. O barateamento dos gêneros de primeira necessidade

2. Aumento salarial em primeiro lugar.

3. Tal reivindicação é sim plausível visto que o que eles pedem são meios para que, eles e suas famílias, possam sobreviver. 4. É claro que a solução de protestos nunca é algo fácil a ser minimizado, visto que uma gama de interesses, lucros e privilégios estão em jogo, no entanto, após muita conversa e boa vontade é sim possível se chegar a um denominador comum.

 

     Em seguida o professor deve mostrar aos alunos as seguintes repercussões da greve: Com o passar dos dias o movimento operário foi ganhando cada vez mais adeptos e foi conseguindo as primeiras vitórias. Vitórias estas que serão melhor entendidas com as imagens a seguir.

vinicius14Jornal A Capital do dia 12/07/1917

 

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Após todas estas imagens o professor deverá mostrar a imagem reproduzida abaixo. É a foto da primeira página do jornal A Capita do dia 23/07/1917, importante por ser a última edição do jornal que tratará do assunto da Greve Geral.

     Após a leitura da imagem o professor deve explicar que os operários tendo alcançado as suas reivindicações, saem da greve e voltam a trabalhar normalmente.

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Como não é possível ver com nitidez , está aqui reproduzido o que foi escrito na manchete:

 

      “De acordo com o boletim ontem afixado à porta dos nossos escritórios, a situação geral é de absoluta tranqüilidade. Tudo corre normalmente, estando a cidade em plena atividade. Nenhum fato policial referente aos boatos absurdos, se registrou. A polícia esteve de prontidão, tendo os delegados pernoitado em seus postos, para qualquer eventualidade. Sabemos que o operariado por hora não deseja a greve, tendo até resolvido por estes dias que se evitem reuniões proletárias, para demonstrar que nenhum interesse tem em fomentar uma situação anormal.”

 

     Após a leitura desta última edição do jornal, o professor deve iniciar uma discussão em sala como se valeu a pena aos operários terem feito a greve, se os operários deveriam ter continuado com a greve a fim de conquistarem outras reivindicações e, sobretudo o que teriam feito os alunos caso fossem aqueles mesmos operários: teriam aderido à greve ou tomariam uma atitude mais passiva com relação aos acontecimentos? Tal discussão é importante, pois estimula o aluno a pensar politicamente, e a ver que, mesmo dentre eles, pode haver várias posições e opiniões que se chocam. Pode revelar até mesmo se o aluno é mais adepto a aderir às frentes de esquerda ou de direita, ou se ele simplesmente não se importa ou não tem um posicionamento político definido.

     Em seguida a tal discussão, o professor deve expor as imagens a seguir. Elas são de outro jornal de esquerda:

 

SUGESTÃO:

     É importante frisar que não apenas o jornal A Capital estava preocupado em mostrar os acontecimentos da greve e seu desenrolar. Outros jornais de esquerda também relatavam à população os episódios da greve e também explicavam em suas colunas o que estava acontecendo nas ruas de São Paulo e os motivos pelos quais estavam ocorrendo. Outro destes jornais foi o “A Gazeta”:

vinicius21Primeira página do jornal A Gazeta do dia 11/07/1917.

 

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Após todas estas discussões até então propostas, o professor deve revelar aos alunos um outro tipo de jornal que também tinha forte circulação na época: os jornais direitistas, que ao contrario de jornais esquerdistas como A Capital e A Gazeta, tinham um posicionamento e visões completamente divergentes a respeito da mesma greve.

 

SUGESTÃO:

     Nem todos os jornais da época estavam tão preocupados em informar e escrever sobre a greve. Um destes jornais foi “O Estado de São Paulo”. Um jornal que falava a respeito da greve, no entanto, ao contrário dos esquerdistas, sua matéria não estava em destaque logo na primeira página. Estava localizada no meio do jornal, numa parte denominada de “Noticias Diversas”, na qual relatava brevemente o fato. Ao contrario dos jornais esquerdistas, este tipo de jornal tinha por destaque de primeira página a Primeira Guerra Mundial. Após esta apresentação do que eram os jornais direitistas, o professor deve mostrar as imagens a seguir:

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      Após a apresentação das imagens, o professor deve lançar aos alunos a seguinte reflexão: O fato de O Estado de São Paulo apenas colocar a noticia sobre a greve não na primeira página, mas sim bem mais a frente num espaço denominado de ”Noticias Diversas”, sendo o acontecimento relatado de forma bem sucinta e resumida; o fato de noticiar a greve na primeira página apenas no dia 14 e já no dia 15 a noticia voltar para o meio do jornal. Tudo isso nos leva a chegar a quais conclusões a respeito do posicionamento e das visões de um jornal tipicamente direitista?

     O professor deve instigar os alunos a chegar à conclusão de que o Estado de São Paulo trata a greve de 1917 como um acontecimento não digno de preocupação, visto que de acordo com eles, a greve já era vista como algo sob controle e que por este motivo não havia necessidade de grandes alardes. Para este jornal, os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial tinham mais necessidade de serem divulgados.

     Após esta discussão o professor deve dividir a sala em dois grupos. Os representantes dos jornais de esquerda e os representantes dos jornais de direita. Em seguida o professor deve propor um debate em que ambos os grupos defendam seus posicionamentos e suas visões a respeito da greve de 1917. Em seguida o professor deve concluir este projeto de ensino:

     

      Por mais que um jornal ou qualquer fonte de informação tente se vender como sendo imparcial, isto é algo completamente impossível. Todo, e qualquer meio de informação terá um posicionamento a respeito de um determinado fato. Ele vai expor e abordar o acontecimento de acordo com a sua visão, interesse e interpretação do ocorrido, ou ainda, pode apresentar os fatos do modo que imagina que seu publico alvo fique mais a vontade e satisfeito em ler. Portanto, para que as pessoas posam formular sua própria opinião, é de primordial importância que busquem as mais variadas fontes de informação, fontes que exponham os mais variados posicionamentos sobre o mesmo fato. Dessa forma, o interessado adquira um maior número de referencias, informação e será capaz de formular sua própria opinião quanto aos acontecimentos que o cercam.

 

Conclusão

 

     Essa sugestão de atividade pedagógica vem com o objetivo de estimular o pensamento histórico dos alunos, pois, primeiramente procura, por meio da conversa aparentemente informal em sala de aula, fazê-lo perceber que as conjunturas do passado causam efeitos para nosso futuro, afinal, muitos perceberão que muitas pessoas que andam ao redor assim como muitos elementos considerados casuais na paisagem cotidiana (nesse caso, a fabrica) estiveram inseridos dentro de um complexo processo histórico que envolveu e ainda envolve a cidade de São Paulo.

     Abaixo segue uma relação de temas que podem ser desenvolvidos a partir dessa atividade que também pode ser usada como introdução à abordagens mais complexas:

 

• - Industrialização da cidade;

• - A imigração;

• - A política do embranquecimento;

• - O lugar do negro e do europeu na sociedade paulistana;

• - As condições de trabalho no início do século XX;

• - O papel social da imprensa;

• - Relativização da dos discursos da Mídia;

Além do fator da percepção da história como um componente presente no nosso cotidiano, como se pôde observar, muitos outros elementos relevantes da história da cidade vem à tona por meio dessa atividade relativamente simples e eis aqui a utilidade que, para nós, está agregada a sua aplicação.

 

Referência Bibliográfica

 

KUNSCH. Dimas A. O Bairro paulistano da Mooca em livro-reportagem. Casa de Taipa. São Paulo. Salesiana. 2006.

 

Foto localizada na página 4: Fábrica localizada na Rua Borges de Figueiredo – Mooca. Autoria: Vinícius Marangon.

 

Fotos localizadas na página 6: Operários diante de uma fábrica e Operários diante das maquinas em que trabalhavam. Sites: http://oriundibrasile.blogspot.com/2010/03/historia-especial-influencia-de_7898.html http://www.regiani.adv.br/materia.php?materia=290

 

Jornais:

A Capital, edições dos dias 10 a 23 de julho de 1917.

A Gazeta, edições dos dias 10 a 23 de julho de 1917.

O Estado de São Paulo, edições dos dias 10 a 23 de julho de 1917.

* Todos os jornais foram fotografados no Arquivo do Estado de São Paulo.

Av. Cruzeiro do Sul, 1777 – Santana – São Paulo – SP – cep 02031-000.

Referencia
Graduandos