História de São Paulo: Represa de Guarapiranga

• Disciplina USP: FLH-0425
• Docente responsável: Antonia Terra de Calazans
• Aluno (a): Rodrigo Santos de Souza
 

Represa de Guarapiranga

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Finalidade

Procurar relacionar as mudanças ocorridas na Represa Guarapiranga levando em conta às imagens, à cronologia, à intenção do Museu do Lixo e à construção do Trecho Sul do Rodoanel. Refletir como se deram essas mudanças na Cidade de São Paulo situando-as em seus respectivos momentos históricos.

 

Fundamentação

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Imagem 1: Localização da bacia hidrográfica do reservatório do Guarapiranga, com as áreas do
continente e da Ilha Parque dos Eucaliptos.

Bacia do Guarapiranga ocupa uma área de 630 Km² e sua vasta extensão compreende parte dos territórios dos municípios de São Paulo (imagem 1), Embu, Itapecerica da Serra e toda a área de Embu-Guaçu, além de pequenas parcelas territoriais de Cotia, São Lourenço da Serra e Juquitiba. Com todo este potencial hídrico, a represa era utilizada inicialmente para a geração de energia elétrica da Usina de Parnaíba (imagem 2), no Rio Tietê.1

Posteriormente, a represa passa a abastecer a Cidade de São Paulo com água potável. E atualmente, o trecho em construção do anel viário passara pelos reservatórios de Guarapiranga e Billings e interligará as rodovias Imigrantes, Anchieta e Régis Bittencourt. No entanto, tornar-se-á uma das grandes ameaças ao meio ambiente e ao abastecimento de água à Cidade de São Paulo como ocorreu na década de 90.

A cronologia da Represa de Guarapiranga ilustra as mudanças ocorridas na represa ao longo dos anos.

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Imagem 2: Usina de Parnaíba, inaugurada em 1901.

 

Cronologia da Represa de Guarapiranga

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O Museu do Lixo

 

O Museu do Lixo do Parque Guarapiranga, por sua vez, exibe objetos do dia a dia, recolhidos no entorno e dentro da Represa Guarapiranga, os quais foram jogados fora pela população, comprometendo a qualidade e a quantidade da água, sendo que alguns podem ser considerados nocivos à saúde.

Por fim, o mapa do Trecho Sul do Rodoanel, que apesar de incluir no projeto Parques Ecológicos (áreas verdes, ver imagem 4), as obras trará danos ao meio  ambiente como já constatamos pela imagem 5 em contraposição a imagem 6, urbanizada e, ao mesmo tempo, poluída – exemplo, Rio Pinheiros.

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Imagem 3: Museu do Lixo, objetos encontrados na Represa de Guarapiranga.
 

Rodoanel

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Imagem 4: Rodoanel Trecho Sul, atravessará a Represa de
Guarapiranga

 

 

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Imagem 5: Rodoanel Mario Covas.                                                                      Imagem 6 Interligação Represa de Guarapiranga – Rio Jurubatuba – Rio Pinheiros por meio de
barragem.

 

Questão:

As mudanças ocorridas na Represa de Guarapiranga representam para a Cidade de São Paulo momentos históricos distintos. Procuremos, então, relacioná-las levando em consideração às imagens, à cronologia, à intenção do Museu do Lixo e à construção do Trecho Sul do Rodoanel.

Enfim, refletir como se deu essas mudanças na Cidade de São Paulo situando-as em seus respectivos momentos históricos.

Descobrindo a história em nosso cotidiano (do encanto/consumo à consciência histórica)

Aluno (a): Bianca N. Marcossi - vespertino
Docente responsável: Antonia Terra
Disciplina USP: Teoria e Prática (2º sem./09)

 

 

 

Resumo

 

     Trata-se de uma seqüência didática que se propõe a trazer o exercício da reflexão/indagação históricas para o cotidiano dos alunos do Fundamental II, a partir da provocação reflexiva de algumas imagens com as quais as crianças convivem em seu dia-a-dia, tais como rótulos de refrigerantes e propagandas de revistas de grande circulação. Pensou-se nesta seqüência como um plano introdutório ao estudo da História no ciclo do Fundamental II.

 

Objetivo e justificativa

     A partir da observação ‘crítica’ e da análise das fontes (disponíveis no anexo 2), busca-se aguçar o espírito inquieto e investigativo dos alunos em relação ao seu próprio universo imagético. O objetivo da atividade é o de tirar a história – e o fazer histórico – do lugar distante e estático dos arquivos e dos documentos (muitos dos quais ininteligíveis – pelos menos na concepção das crianças) dos séculos passados. Este olhar da história como “história dos mortos”, comum a alunos e professores no ambiente escolar e no senso comum, além de tirar a curiosidade dos indivíduos em relação aos temas históricos – já que estes aparentemente não os dizem respeito –, perde seu principal objetivo enquanto disciplina/matéria escolar, que é o de colocá-los como sujeitos históricos, responsáveis por suas escolhas sobre que mundo queremos produzir ou que mundo estamos reproduzindo a cada dia. Segundo Georges Duby, “é absolutamente necessário que o historiador colabore na tarefa essencial que consiste em manter vivo na nossa sociedade o espírito crítico. Quando digo que sou cético em relação à objetividade, é também porque penso estar a prestar um serviço às pessoas, persuadindo-as de que toda informação é subjetiva, que é necessário recebê-la como tal e, por conseguinte, criticá-la” (grifos nossos).

Uma história para os moradores do bairro de Taipas: autoconstrução, associação e sobre o futuro

Universidade de São Paulo
Departamento de História – FFLCH
Uma história para a cidade de São Paulo – Um desafio pedagógico – 2016
Profª. Dra. Antônia Terra Calazans Fernandes
Uma história para os moradores do bairro de Taipas: Autoconstrução, associação e sobre o futuro.
Por Tathiana Madja de Sousa – 7198891
 
 
Introdução
 
Localizado na região noroeste de São Paulo, o bairro de Parada de Taipas, subdistrito da região de Pirituba-Jaraguá, constitui um exemplo de ocupação periférica, um capítulo importante para se pensar a história da cidade. Relatos e fotos gentilmente cedidos pelos moradores contam que a Rua Carmino Montouri, objeto de estudo desta sequência didática, foi ocupada desde meados dos anos 80 (Foto 1) até o início do ano de 1990, quando um suposto proprietário desapropria e carrega em caminhões dezenas de famílias para locais distantes. Como forma de resistência, a Associação dos Moradores da Vila Boa Esperança foi fundada em 28 de fevereiro de 1992 com o objetivo de garantir o direito de acesso à terra. Por intervenção da associação em conjunto com a então prefeita da época Luiza Erundina, o suposto dono foi desapropriado, tendo sido comprovada a ilegitimidade da posse.
 
No quadro do fortalecimento dos movimentos sociais urbanos, o governo Erundina (1989-1992) caracterizou-se pela consolidação de canais de participação popular na administração pública, invertendo as prioridades de investimento na cidade, estimulando a autogestão em direção às políticas de habitação social1. Tal como se nota
 
1 AMARAL, Ângela de Arruda Camargo. Primeira Administração do PT em São Paulo, in Habitação na cidade de São Paulo. 2 edição revisada. São Paulo, Polis / PUC – SP, 2002, 120p. (Observatório dos Direitos do Cidadão: acompanhamento e análise das políticas da cidade de São Paulo, 4 ) http://www.polis.org.br/uploads/851/851.pdf (Último acesso em 11/12/2016).
 
na lei 11.134, de 5 de dezembro de 19912, que abre espaço para a criação das associações de bairro, o governo Erundina promoveu a institucionalização da participação popular, possibilitando experiências concretas de transformação do espaço.