Futebol e geopolítica - Guerra da Bósnia: genocídio e resistência

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
FLH0421 – ENSINO DE HISTÓRIA: TEORIA E PRÁTICA
PROFESSORA DOUTORA ANTONIA TERRA CALAZANS
GUILHERME MANZONI LEITE – N° USP: 8031715
FUTEBOL E GEOPOLÍTICA
GUERRA DA BÓSNIA: GENOCÍDIO E RESISTÊNCIA
SÃO PAULO
2015

 


Tema:
A Guerra da Bósnia como expressão de genocídio baseado em preconceito racial.


Público alvo:
Alunos de Ensino Médio.


Duração:
Quatro atividades.


Objetivos:
Traçar um panorama da Guerra da Bósnia como um processo da reorganização geopolítica ao final da Guerra Fria, incluindo na discussão uma abordagem que permita aos alunos a formação de uma postura crítica em relação aos conceitos de genocídio e raça, ligados pelo preconceito, terminando com uma introdução à pluriculturalidade.


A análise de um determinado episódio da Guerra deverá servir para criar ligações entre conceitos vindos da virada do XIX para o XX e da II Guerra Mundial, bem como de situações potencialmente similares que os alunos possam vir a identificar na política atual ou em suas vidas cotidianas.


A base do material didático seria o episódio referente à Predrag Pasic do documentário “Os rebeldes do futebol” (França, 2012), entretanto, outras fontes devem ser usadas, tais como reportagens jornalísticas sobre o conflito, depoimentos de sobreviventes, falas dos personagens da guerra e uma gama de recursos audiovisuais pertinentes; além de permitir uma lista de matérias de interesse para futuras consultas dos docentes ou dos alunos.

Os Indígenas e os Bandeirantes Reescrevendo a História Convencional

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
 
Disciplina: História da cidade de São Paulo: um desafio pedagógico
Os Indígenas e os Bandeirantes Reescrevendo a história convencional
Renata Garcia Cruz
Número USP - 8029924
Professora Dra. Antonia Terra de Calazans Fernandes
Vespertino – 2º Semestre 2016
São Paulo - SP
 
 
 
Sequência didática
 
Objetivos
A ideia dessa sequência didática é uma tentativa de introduzir saberes relacionados à temática indígena, e é como uma chance de reescrever a história convencional de São Paulo, e do Brasil em geral, quando o assunto diz respeito à importância dos bandeirantes e a importância dos indígenas na povoação e desbravamentos de São Paulo.
 
Sabemos que a figura do bandeirante está enraizada no imaginário coletivo da identidade de São Paulo, e os mesmos são vistos como responsáveis pelo avanço do território da América Portuguesa, tendo um espaço como construtores da nação. A ideia é apresentarmos um outro olhar sobre o desbravamento do espaço e o avanço das fronteiras, inserindo os bandeirantes no contexto dos indígenas, nativos da região, e que tiveram um papel muito importante para o desenvolvimento desses processos – povoamento, desbravamento, e construção de São Paulo.
 
As aulas consistem, dessa forma, em atividades de reflexão e de estímulo às críticas dos fatos apresentados, para que com isso seja possível, em algum nível, a desconstrução desse senso-comum tão reproduzido entre os paulistanos. Para além desse assunto específico, procura-se também com essa sequência didática causar uma certa “provocação” nos alunos participantes, com o intuito de estimular o senso crítico e o questionamento de algumas situações do cotidiano. Assim, busca-se que haja uma aproximação entre o aluno e o conteúdo da disciplina de história, e que o estudante possa enxergar além de algumas convenções muitas vezes presentes em livros didáticos, comentários cotidianos e um imaginário coletivo muito enraizado na sociedade paulista. Desta forma, o estímulo à criticidade talvez possa trazer para o aluno uma consciência de outras realidades e questões que muitas vezes não aparecem na mídia e nem são lembradas – como a questão indígena atual, seja na cidade de São Paulo ou no Brasil - mas que são muito relevantes quando pensamos que todos, ao menos teoricamente, possuem direitos básicos iguais.