Tietê, o rio teimoso de São Paulo

Universidade de São Paulo - Departamento de História - Segundo semestre de 2016

Aluno: Caio Fabiano Lopes do Valle Souza

Disciplina: Uma história para a cidade de São Paulo: um desafio pedagógico (FLH0425)

Docente responsável: Prof.ª Dr.ª Antonia Terra de Calazans Fernandes
 

 

Proposta pedagógica

Tema: Tietê, o rio teimoso de São Paulo

 


Justificativa:


Neste início de século 21, a maioria dos moradores de São Paulo vive apartada dos rios da cidade. A canalização, o enterramento e a poluição dos cursos d’água que cortam a metrópole os tornou insalubres e degradados, afastando a população de sua presença. Dramaticamente, eles só costumam adentrar o dia a dia das pessoas em situações extremas, quando há enchentes ou o desabamento de habitações irregulares em seu entorno. No entanto, essa relação nem sempre foi assim, hostil e distante. Ao contrário: o que muita gente mais jovem desconhece é o fato de que durante a maior parte da sua história, as várzeas, as margens e o leito dos rios paulistanos foram bastante usufruídos pelos habitantes do município.
 

O próprio rio Tietê, o grande símbolo da deterioração a que foram submetidos os meios fluviais nas últimas décadas, garantiu a sobrevivência e o lazer de muita gente até não muito tempo atrás. Imaginar que as pessoas pescavam, nadavam, navegavam e brincavam no trecho urbano do Tietê nos faz pensar sobre a forma com que escolhemos planejar a cidade, priorizando a motorização e o amplo descarte de detritos nos meios aquáticos, bem como uma divisão fundiária que empurra as camadas pobres para bairros distantes do centro.


Com esta proposta pedagógica, pretendemos estimular a reflexão dos alunos, em especial os do primeiro ano do Ensino Médio, sobre a sua relação com os rios e outros recursos naturais da cidade. Ela poderia ser diferente? Em caso afirmativo, de que maneira nos reapropriarmos do que já é nosso? Acreditamos que a história tem um papel fundamental no sentido de fornecer um novo entendimento acerca das potencialidades dos rios e das matas que existem no interior da capital paulista. Afinal, o conhecimento histórico nos permite entrever alternativas reais ao usufruto que na atualidade dispensamos a nascentes, córregos, rios, matas ciliares, à flora e à fauna urbanas, colocando em xeque o hábito que temos de enxergá-los em contraposição à vida em uma metrópole. A separação que fazemos entre “urbano” e “natural” nem sempre foi assim tão evidente e, muitas vezes, esses dois aspectos de vivência existiram de modo interdependente.

Segregações Não Institucionalizadas

 

                                                                                                              

 

SEGREGAÇÕES NÃO INSTITUCIONALIZADAS

 

Disciplina: Ensino de História:Teoria e Prática
Docente: Dra Antonia Terra Calazans Fernandes
Discente: Marcelo Vitale Teododo da Silva

 


Introdução - Relatório de Estágio


     O material didático apresentado como produto final na presente disciplina é fruto de experiências e
vivências que em conjunto subsidiaram não apenas o presente trabalho, como também a minha formação
enquanto acadêmico e para, além disso, como ser humano.


     Desta maneira, cabe destacar as várias referências que compuseram o repertório epistemológico e
semântico nesse processo que desembocou na solidificação deste processo de formação acadêmica e
profissional.


     Para tanto, a experiência do estágio foi fundamental para adensar as discussões nas temáticas da
historiografia com recorte étnico e social, deste modo, a escolha do local de vivência desta experiência foi crucial para a segmentação da minha formação.


     Logo, o presente estágio teve como local sede o Núcleo de Consciência Negra na USP (Universidade de
São Paulo), instituição de caráter político e social, inserida na sociedade com o fito de questionar a ausência se um segmento social específico dentro da presente universidade, relativo à população negra, e de tal modo, objetivando primordialmente a inserção dos mesmos neste espaço e em tantos outros do qual é privado de acesso.


     Dentre as atividades promovidas pela presente instituição, destaca-se entre as suas frentes, o projeto de
cursinho comunitário, voltado à população negra e baixa renda, no qual ministro aulas de história do Brasil,
buscando dialogar sempre a historia com a discussão racial.


     Assim, o cursinho e as presentes aulas por mim ministrada, constituíram-se como um laboratório
interessante, bem como, conferiram-me em paralelo com as oficinas que empreendi no mesmo espaço, onde as propostas pedagógicas abordando a presente problemática em diálogo com as temáticas das novelas, a moda, penteados e a literatura, levados para discussão pelos próprios alunos, converteram-se como interessante instrumento de interligação da discussão histórica com o contexto étnico racial contemporâneo.


     Objetivou-se, mediante o exposto, um mapeamento dos preconceitos inerentes a presente discussão,
fomentando problematizações intrínsecas as mesmas, em diálogo com os respectivos papéis desempenhados por estes na sociedade. 

 

Várzea do Carmo: transformações no espaço e no cotidiano da região

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
2º SEMESTRE
BRUNA OLIVEIRA DA SILVA
 
Sequência Didática:
Várzea do Carmo: transformações no espaço e no cotidiano da região
 
SÃO PAULO
2013
 
 
A proposta desta sequência didática volta-se para alunos do Ensino do Médio. Considera-se para isto, que a duração das aulas ocorra no período de aproximadamente 50 minutos. Foram programadas para compor esta sequência, quatro aulas.
Esta sequência didática abordará a relação entre intervenções políticas no espaço da cidade e o contexto de remanejamento social das populações residentes em áreas que sofrem estas intervenções. Para tanto, proponho a análise de duas intervenções políticas realizadas, em temporalidades diferentes, na região da Várzea do Carmo, espaço conhecido atualmente como Parque Dom Pedro II.