Análise de documentos de época como atividade complementar ao Ensino de História Indígena

Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de História

Carolina Ortega Faia de Souza N°USP 7199951


PROPOSTA DIDÁTICA


Análise de documentos de época como atividade complementar ao
Ensino de História Indígena
Ensino de História e a Questão Indígena

 

A temática indígena na sala de aula – Visões da alteridade através de gravuras e crônicas dos viajantes

Ensino de História: Teoria e Prática  - Profª Antonia Terra C.

Dianaluz C. L. Correa n° Usp 5937178 – noturno – 1° Semestre 2011


Seqüencia Didática – A temática indígena na sala de aula – Visões da alteridade através de gravuras e crônicas dos viajantes


A sequencia didática tem por objetivo apresentar aos alunos os elementos que compuseram a imagem do indígena, ampliando a percepção sobre o que significa o ‘olhar do outro’ – do europeu sobre o indígena, como as civilizações nativas foram percebidas em alguns momentos da colonização da América e como este imaginário foi construído. A sugestão é que esta aula seja dada antes ou concomitantemente ao conteúdo acerca dos descobrimentos.


As imagens a serem trabalhadas pretendem inserir os alunos no debate acerca do confronto de culturas e do reconhecimento da alteridade, e compreender as implicações de como este imagético forjou a imagem do indígena que se tem atualmente.  Serão utilizadas imagens de gravuristas europeus e figuras em que aparecem índios representados, bem como textos documentais que ilustram visões de uma época sobre os nativos do Brasil. As questões serão direcionadas ao aluno, buscando respostas de quem são os artistas, qual as motivações que levaram os autores a representar os nativos de determinada maneira.


Pretende-se identificar através das figuras algumas características predominantes na visão do indígena, alguns estereótipos que foram criados no âmbito da sociedade européia dos séculos XVI ao XIX. A idéia é que ao fim da seqüencia didática os alunos se deparem com uma imagem com uma representação do indígena muito presente em seu cotidiano, que é o mural na Rua da Consolação. Neste mural está desenhado um jesuíta com rosto benevolente ensinando duas crianças indígenas, retratadas com rostos humildes e com livros nas mãos. A idéia é perguntar aos alunos o que esta imagem representa, que idéias ela reforça.  

 

Conflitos em torno da demarcação de terras no Brasil.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: Conflitos em torno da demarcação de terras no Brasil.

Érica Alves Cavalcante/nº USP: 7286106

2016

 

 

DISCIPLINA: ENSINO DE HISTÓRIA: TEORIA E PRÁTICA

DOCENTE: PROFA. DRA. ANTÔNIA TERRA CALAZANS FERNANDES

 

Tema: Conflitos em torno da demarcação de terras no Brasil.

 

Público Alvo: Alunos da 1ª série do EM. Nº de aulas: Média de 09 aulas. Objetivos:

  •     Analisar distintos interesses na demarcação de terras indígenas no Brasil.
  •     Analisar estratégias de povos indígenas na luta por seus direitos.
  •     Desenvolver a habilidade de analisar documentos históricos.
  •     Identificar a importância religiosa, simbólica, econômica e política na relação de povos indígenas com a terra.
  •     Reconhecer  e  problematizar  a  forma  como  os  indígenas  são  apresentados  na atualidade: dizimados, vítimas, isolados na natureza.
  •     Refletir sobre a política indigenista do Estado brasileiro na atualidade.

 

Apontamentos preliminares:

 

A proposta a seguir foca o trabalho com o que Antoni Zabala chamou de conhecimentos factuais, procedimentais e atitudinais. Espera-se que os alunos reconheçam a importância da demarcação   de   terras   para   diferentes   povos   indígenas,   que   os   identifiquem   como protagonistas  da  própria  história,  que  reconheçam  que  o  número  de  indígenas  tem aumentado e que, portanto, a ideia de contínuo desaparecimento é uma falácia, mas também que desenvolvam habilidades necessárias para a análise de documentos de diferentes naturezas, que desenvolvam a habilidade de fazer inferências, de comparar fontes e opiniões, de comunicar por meio de diferentes linguagens (escolhidas para a apresentação que será desenvolvida para o restante da turma) e que atuem de maneira colaborativa para que possam expor os resultados de suas pesquisas.

 

Nesse sentido, cada um dos momentos propostos na presente sequência didática, têm intenções educacionais claras e relacionadas entre si, capazes de auxiliarem na consecução dos objetivos. Vale destacar, entretanto, que sugere-se que o(a) professor(a) promova a mediação da aprendizagem, que munido(a) dos objetivos aqui elencados e de outros que a eles possam ser somados, não apresente respostas prontas aos alunos, mas os auxilie a fazerem inferências e a construírem suas compreensões sobre a temática.

 

Em síntese, espera-se que o trabalho com essa proposta possa ser conduzido considerando, efetivamente, as funções cognitivas (segundo a teoria de Feuerstein) que precisem ser desenvolvidas com o grupo foco e que os alunos sintam-se instigados em aprender mais e mais sobre esse tema.

 

Estratégias:

 

1º momento: Explique aos alunos que “os conflitos em torno da demarcação de terras no Brasil” será o tema das próximas aulas. Então faça questionamentos para verificar seus conhecimentos prévios sobre o tema. Registre as ideias centrais de seus alunos na lousa, compondo uma tempestade de ideias. Seguem sugestões de questionamentos: