História de São Paulo: Butantã

Disciplina: Uma História para a Cidade de São Paulo: Um Desafio Pedagógico Professora: Dra. Antonia Terra Calazans Fernandes Aluna: Jeane Moreno Quinteiro Ano: 2010

 

 

Introdução

 

     “A gente ia ao rio pra passear de barco, pescar, nadar, pular da ponte... A água era muito limpa, dava muito peixe: lambari, piaba...” (Orlando Manso)

 

     A pesquisa de documentos para este trabalho teve como ponto de partida a urbanização da região do Butantã, a intenção era entender o processo que levou a ocupação dos espaços e a ausência de lugares sem uso ou função. No entanto, os testemunhos e fotografias retornam sempre a um mesmo tema : o rio Pinheiros.

     Confesso que não pensei a princípio no rio. O que salta aos olhos hoje é o tráfego, as ruas, as casas coladas umas as outras, os prédios altos, aquilo que vemos como parte de ser cidade, de estar em um local urbano. O rio, é um detalhe mal cheiroso, um obstáculo para o transito de veículos, uma problema entre duas marginais.

     Nem sempre foi assim.

 

Africanos Livres em São Paulo no Oitocentos: Experiências Históricas Singulares na Sala de Aula

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
 
AFRICANOS LIVRES EM SÃO PAULO NOS OITOCENTOS:
experiências históricas singulares na sala de aula
 
 
Trabalho final para compor a nota da disciplina
(FLH0425) Uma história para a cidade de São
Paulo: um desafio pedagógico, ministrada pela
profa. Dra. Antonia Terra de Calazans Fernandes.
Disciplina optativa eletiva para o curso de
Bacharelado em História.
 
 
Aluno: Paulo Roberto Marques de Oliveira
N. USP: 8576115
Período: vespertino
São Paulo
Dezembro / 2016
 
 
 
 
Introdução
 
Este material didático tem como objetivo trazer informações e propostas de atividades para o(a) professor(a) responsável pela disciplina de história sobre o tema dos
africanos livres em plena sociedade escravista brasileira dos Oitocentos.
 
Para que tanto a(o) docente quanto as(os) alunas(os) pudessem desfrutar melhor das discussões sobre este assunto, optou-se por fazer um recorte específico: as relações sociais dos africanos livres na cidade de São Paulo. Tal temática assume uma grande importância na atualidade, sobretudo porque vemos, com frequência, nos noticiários brasileiros, a chegada de imigrantes provenientes de vários países do continente africano. Claro que há uma diferença significativa entre os africanos livres que chegaram em São Paulo no século XIX a partir do comércio, então, ilegal de seres humanos, e os imigrantes africanos atuais cuja maioria, mesmo não tendo escolha de permanecer em seus países de origem, optaram por viver nesta capital brasileira. O contraste entre ambas as condições visa sensibilizar tanto a(o) docente quanto os(as) alunas(os) com as discussões sobre ser um negro imigrante num país com um forte legado escravista.
 
No século XIX, a discriminação era aberta e cotidiana, já, no século XXI, observa-se a alteração apenas da característica “aberta”. Como um país de “democracia racial”, “ficaria feio” para o Brasil discriminar declaradamente os negros. Nosso racismo assumiu características históricas particulares. Como alguns estudiosos apontam, ele é um racismo diferencialista, isto é, que deixou de segregar abertamente por causa da raça, passando a unir esta característica à condição socioeconômica à qual os negros (pardos e pretos) foram relegados historicamente em nosso país (SILVA, 2008, p. 16). Ao se entender que, infelizmente, o racismo é um discurso assumido como inexistente no Brasil (portanto, não necessitaria, supostamente, de uma problematização, muito menos de um combate direto), podemos refletir sobre as expressões dele “sem que se necessite atribuir o epíteto de racista a seus emissores” (ROSEMBERG; BAZZILI; SILVA, 20031, p. 129 apud SILVA, 2008, p.
19). Este caminho para a análise facilita, a meu ver, a abordagem deste tema em sala de aula.
 
 
As atividades propostas possuem um caráter de sugestão, por isso, podem ser modificadas visando objetivos outros. No entanto, da maneira, como foram organizadas, elas não só privilegiam a discussão sobre fontes escritas e não escritas, fotografias, principalmente, mas também sobre diferentes temas como a escravidão em São Paulo na segunda metade do século XIX, o Hospício dos Alienados, o abandono de edifícios tombados por órgãos de 1 ROSEMBERG, Fúlvia; BRAZILLI, Chirlei; SILVA, Paulo V. B. “Racismo em livros didáticos brasileiros e seu combate: uma revisão da literatura”. In: Educação & Realidade, v. 27, n. 1, jan.-jun./2003, p. 125-46. preservação patrimonial e a história dos rios. Todos concatenados a fim de complexificar o tema central deste material didático que é a experiência histórica dos africanos livres na cidade de São Paulo.
 

Oficina livre: “Elaborando materiais didáticos com a temática indígena” (Indigenous peoples in Brazil: past, present and future)

LEMAD - Laboratório de Ensino e Material Didático – História - FFLCH - USP

Oficina livre: “Elaborando materiais didáticos com a temática indígena

 

 

Proposta de sequencia didática elaborada por

Maria Dolores Wirts Braga

a partir das atividades da oficina - 28/05/2012

 

 

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

 

Título: Indigenous peoples in Brazil: past, present and future

 

Objetivo geral: viabilizar a abordagem da temática indígena para o ensino de inglês como língua estrangeira na escola de ensino regular (pública e/ou privada).

 

Objetivos específicos: promover o interesse dos alunos e professores de inglês sobre a cultura indígena em nosso país; atualizar as representações imaginárias sobre o elemento indígena brasileiro em relação à sua diversidade étnica, cultural, linguística e política e, principalmente, em relação à postura não estática e atemporal das sociedades indígenas em nosso país.

 

Objetivos  linguísticos:  revisão  de  tempos  verbais  (passado,  presente  e futuro), compreensão de texto, prática escrita e oral.