Memorial do Imigrante

Carolina Sciarotta Gomes dos Reis (6838346) – Noturno Universidade de São Paulo/FFLCH - Departamento de História

Uma História para a Cidade de São Paulo: Um Desafio Pedagógico (FLH0425)

Prof. Drª. Antonia Terra Calazans Fernandes

 

 

Memorial do Imigrante

memorial do imigrante1

 

1. Introdução

 

     Pode-se dizer que um dos objetivos centrais do ensino de história na atualidade se relaciona com sua contribuição na construção de identidades e, nessa perspectiva, a identidade nacional é uma das que tem sido formada pelos projetos da História escolar. Entretanto, historiadores e professores de História ainda têm pela frente o desafio de entender e transmitir as relações dessa identidade nacional com o local e com o mundial.

A obra do artista goiano Siron Franco: um olhar para o acidente radioativo envolvendo Césio-137, ocorrido em Goiânia em 1987 - consequências sociais e ambientais.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS.

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Trabalho escrito apresentado como parte dos requisitos para a avaliação na

disciplina: TEORIA E ENSINO DE HISTÓRIA

Profa. Dra. Antônia Terra

Aluno: Matheus Araujo de Andrade Costa

nº USP 8926289

 

 

Temática abordada: A obra do artista goiano Siron Franco: um olhar para o acidente radioativo envolvendo Césio-137, ocorrido em Goiânia em 1987 - consequências sociais e ambientais.

 

 

Objetivo: O presente trabalho tem como principal objetivo divulgar a obra de um dos grande artistas brasileiros ainda em atividade e que, infelizmente, é pouco discutido e comentado nos principais centros artísticos do país. Mais do que isso, a trajetória do artista que se inicia em meados da déc. de 1960 abarca um longo período da nossa história recente e dialoga profundamente com questões sociais. A juventude atual, em sua maioria, desconhece o trabalho deste artista e está mais acostumada com aquilo que vem se produzindo ultimamente nas galerias e museus de arte (em São Paulo, um olhar obsessivo aos artistas ditos modernistas). Siron é contemporâneo à muitos deste artistas, entretanto está alheio ao grande eixo cultural e quase nunca é tão ovacionado aqui quanto o é no exterior - onde realiza, até hoje, inúmeras instalações e exposições.

 

 

Metodologia: Sequência didática e texto teórico visando à introdução do professor/aluno no universo do artista, buscando ambientar e contextualizar sua obra.

PARTE I - Introdução teórica: SOBRE SIRON FRANCO

Texto produzido com base em entrevista dada pelo artista (o aluno o entrevistou), nos dias 19 e 20 de Maio de 2017, em seu ateliê em Aparecida de Goiânia-GO. ( A entrevista será publicada, em catálogo, quando da inauguração da exposição Siron Franco em 38 obras: 1974 - 2017, na Biblioteca Mário de Andrade – em 22/07/2017).

Siron Franco (Gessiron Alves Franco) nasceu na cidade de Goiás Velho, em 25 de julho de 1947. Residiu, nesses seus 70 anos de vida, em Goiânia, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Londres. Viajou pelo Brasil e muitos países, voltando com frequência para Goiânia, onde sempre manteve residência e atelier. Reside e trabalha hoje nesta cidade.

 

 

São Paulo: padrões de segregação socioespacial

São Paulo: padrões de segregação socioespacial

 

Autor: Eduardo Gomes de Souza

Escola: EMEF Pres. João Pinheiro

Público alvo: Alunos de 8º e 9º anos

Disciplinas: História, Língua Portuguesa e geografia

Duração: 18 aulas

 

“O urbanismo é a tomada do meio ambiente natural e humano pelo capitalismo que,

ao desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta, refaz a totalidade

do espaço como seu próprio cenário” (A sociedade do espetáculo, Guy Debord)

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      Introdução

      Diversas áreas das Ciências Humanas têm se debruçado sobre a questão da desigualdade social, do processo de segregação socioespacial e da relação centro-periferia dentro do espaço urbano em um contexto de demandas do modo de produção capitalista. Muito se produziu em pesquisas acadêmicas sobre o assunto, autores consagrados conseguiram renome a partir de produções que debatiam esse assunto, dentre esses podemos destacar as pesquisas de Nicolau Sevcenko, Paul Singer, Henry Lefebvre, Sidney Chaloub, Milton Santos. Porém pouco se debateram esses temas de forma conexa nas escolas de ensino fundamental e médio, principalmente dentro de um enfoque que os explique historicamente.

      Dessa forma, já é chegada a hora, se nosso objetivo é realmente “formar um cidadão crítico”1, de trazer debates dessa ordem para dentro da escola, pois eles teriam a potencialidade de explicar o aluno no mundo, de explicá-lo em sua comunidade, em sua cidade, as suas relações sociais, culturais, econômicas no meio urbano da metrópole paulistana, ou de qualquer outra no mundo ocidental capitalista, conscientizando-o e problematizando sua existência no espaço, na sociedade e na história, podendo ele, de maneira mais cristalina, “recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaborar propostas de intervenção na realidade, respeitando os valores humanos”2. No entanto, ao

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1 Parâmetros Curriculares Nacionais -História

2 Como propõe o ENEM em uma das cinco competências a serem desenvolvidas e avaliadas por esse exame.